O senador Jaime Campos (DEM) quebrou ontem o silêncio e comentou a derrota dos irmãos Júlio e Dito Paulo na disputa pelas prefeituras de Várzea Grande e Jangada. Também admitiu erros nas campanhas e conclamou a oposição e situação para se unirem em defesa do povo várzea-grandense.
Após participar da reunião em que o DEM aprovou apoio à reeleição do prefeito Wilson Santos (PSDB), Jaime também comemorou o desempenho da sigla no Estado e negou que a derrota em Várzea Grande e Jangada seja emblemática ao ponto de prejudicar os planos do partido para a disputa pelo governo do Estado em 2010.
A Gazeta – Qual a sua avaliação sobre o desempenho do DEM na eleição?
Jaime Campos – Foi excelente. Elegemos 24 prefeitos, 17 vice-prefeitos e mais de uma centena de vereadores. Sem fazer qualquer ironia ou comentário maldoso, comparando com o PR foi um desempenho bom demais. Fomos o partido que elegeu o segundo maior número de prefeitos. Eles tinham 72 candidatos e elegeram 32. Nós tínhamos 53 e elegemos 24.
A Gazeta – Mas o DEM perdeu em Jangada e em Várzea Grande com os seus irmãos?
Jaime – Isso faz parte do jogo. Eleição é assim. A gente não entra só para ganhar.
A Gazeta – Mas o resultado nessas duas cidades não é emblemático?
Jaime – Não. Para se ter uma idéia, o candidato do governador Blairo Maggi (PR) perdeu em Rondonópolis. Lá eles tinham quase que uma obrigatoriedade e não ganharam. O povo nessa eleição manifestou a sua opinião.
A Gazeta – Mas o que levou o DEM à derrota em Várzea Grande?
Jaime – Só o tempo dirá.
A Gazeta – A aliança com o PP do Maksuês Leite foi determinante?
Jaime – Não sei. Não sou sociólogo ou marqueteiro para dizer, mas o povo é sábio e temos que respeitar. O que pode ter ocorrido é uma falha de comunicação ao apresentar propostas.
A Gazeta – Esses resultados prejudicam os planos do DEM para 2010?
Jaime – Não. Cada eleição é uma. Se fizéssemos uma eleição em 72 horas, poderíamos ter outro resultado. Já tivemos isso na história.
A Gazeta – O DEM deve fazer oposição ao prefeito Murilo Domingos (PR)?
Jaime – O partido deve discutir isso. O que devemos é buscar um entendimento para o bem-estar da população. A eleição acabou, mas a cidade continuará. Eu, como senador, nunca discriminei a cidade. O que fizemos foi feito sempre pelo bem do município.