O deputado federal diplomado Júlio Campos, uma das principais lideranças do DEM no Estado, afirma que o partido pode perder o discurso e ser prejudicado nas eleições de 2012 e 2014 caso oficialize o apoio ao governador Silval Barbosa.
Considerado o candidato natural ao Palácio Paiaguás, o senador Jaime Campos diz que o principal prejuízo para o DEM será nas eleições municipais de 2012. "Também não tenho nada contra o Silval. Eu defendo o apoio institucional, mas nós seremos o último a aderir ao grupo. Não poderemos esquecer também que os outros partidos vão atropelar nossos prefeitos que querem a reeleição".
José Domingos preferiu demonstrar cautela. Diz que aceita o convite apenas se contar com respaldo do DEM, mas também concorda com a reivindicação de maior estrutura. O deputado Dilceu Dal Bosco, candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Wilson Santos, avisou os correligionários que não vai se opor à união. Ele vinha resistindo à ideia com argumento de que a sociedade poderia não entender a mudança de lado e classificar a decisão como mero fisiologismo.
Beneficiado – Se José Domingos for oficializado no comando da Sedraf, assume a vaga de deputado estadual a partir de fevereiro o suplente Gilmar Fabris. Jilson Francisco (PR), portanto, perderia o comando da pasta.
Conforme Só Notícias já informou, em reunião realizada, ontem no final da tarde, o DEM aceitou a aproximação com o governo Silval Barbosa. No entanto, a cúpula do partido ainda pretende conversar com o governador para pedir alguns respaldos como maior estrutura e autonomia política para Domingos, além de participar do projeto de governo do peemedebista.