A Secretaria Extraordinária para a Copa de 2014 (Secopa) determinou investigação na obra de reforma do prédio que abrigou a extinta Agecopa e atualmente serve à pasta. Dados preliminares apontam que parte do material teria sido paga, mas não entregue. A irregularidade pode ter causado prejuízo de R$ 84.052,00 mil aos cofres públicos.
A investigação será feita sob forma de tomada de contas especial e foi determinada pelo secretário extraordinário Eder Moraes. A obra foi feita sob responsabilidade da presidência da antiga Agecopa, comandada por ele mesmo. O problema é que a Auditoria Geral do Estado (AGE) apontou problemas a partir de estudos da Gerência de obras rodoviárias da Diretoria de Infraestrutura, então comandada por Carlos Brito, desafeto de Eder e que protagonizou com ele embate público responsável pelo fim da Agência e criação da secretaria.
A obra se refere ao contrato 01/2010 e permitiu construção de divisórias com vidro temperado e cabiamento na atual sede da Secopa. A empresa responsável pelo serviço vai ser chamada para se explicar. O trabalho vai se estender pelos próximos 60 dias e terá como responsáveis 3 servidores da Secopa, que vêm tratando publicamente o assunto com tranquilidade.
A assessoria da Secretaria informa que, se comprovada irregularidade, a empresa poderá ser obrigada a devolver o dinheiro pago a mais ou completar o serviço. "A Comissão fica de imediato autorizada a praticar todos os atos necessários ao desempenho de suas funções, devendo as Diretorias,
Assessorias, Coordenadorias e Gerências, prestar colaboração necessária que lhe for requerida pela Comissão", diz portaria publicada ontem no Diário Oficial do Estado.
A portaria foi assinada em 30 de setembro. Apesar da Agência ter sido extinta depois disso e transformada em Secopa, o governo informa que essas mudanças não irão interferir em nada na investigação.