O procedimento investigatório ao ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), no caso dos maquinários não tem data definida para terminar. Por meio da assessoria, o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originárias, procurador Hélio Fredolino Faust, informou que a investigação ainda está em curso e que ainda faltam testemunhas a serem ouvidas no processo.
Até o momento, seis pessoas já prestaram depoimento ao procurador, além do ex-governador. As datas das oitivas não foram reveladas. No entanto, ainda faltam outras três pessoas, arroladas no processo, serem interrogadas por meio de cartas precatórias (quando a testemunha está fora do domicílio da comarca). Estes seriam os últimos depoimentos.
O prazo inicial era de 90 dias para finalizar o trabalho. No entanto, com o grande número de testemunhas, além das que precisam ser ouvidas, por cartas precatórias, o procurador pediu a prorrogação do prazo pelo mesmo período, que terminará em junho. No entanto, este prazo pode se estender ainda mais devido a estes trâmites burocráticos.
Ainda de acordo com a assessoria, o procurador solicitou uma cópia do inquérito feito pela Delegacia Fazendária e que apontou o ex-secretário de Estado de Infraestrutura do governo Maggi, Vilceu Marchetti, como o mentor do esquema de superfaturamento de mais de R$ 44 milhões na compra dos maquinários do programa “MT 100% Equipado”. Somente após analisar todos estes procedimentos é que Faust finalizará o processo investigatório sobre a participação ou não de Maggi no caso.
Conforme Só Notícias já informou, o procurador foi destacado para investigar o ex-governador pelo procurador-geral de Justiça Marcelo Ferra de Carvalho. Cinco promotores assinaram um documento pedindo que fosse aberta investigação sobre Maggi.
Na oportunidade, o procurador-geral disse que informações encaminhadas à Procuradoria pela promotora Ana Cristina Bardusco, que analisa o inquérito policial realizado pela Delegacia Fazendária sobre o assunto, não apontam a participação do ex-governador. Porém, para evitar conclusão prematura, foi determinada a realização de investigação mais aprofundada e criteriosa da conduta do ex-governador a fim de esclarecer o seu envolvimento ou não nos fatos.
O senador, em nota, já havia se colocado à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento sobre o assunto.