Uma comissão de parlamentares reúne-se amanhã com o interventor do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso, Elielson Ayres. Os deputados querem para saber dele o posicionamento de como resolver diversas questões. Uma delas se refere á emissão de guias de comercialização (ATPF). Segundo os parlamentares, os madeireiros reclamam das dificuldades antes da operação deflagrada, e depois disto, a situação ficou de mal a pior. Eles não têm nenhum alento de como proceder. Enquanto isto, os prejuízos se acumulam não restando outra alternativa que não seja a de demissão.
Responsável pelo incremento da economia estadual, o mercado de madeiras, aos longos dos anos vem passando por seguidas crises no setor. A começar pela política de comercialização, meios de transporte, legislação disforme e por último culminando com a “Operação Curupira”. Reunião agendada para amanhã, às 11:00 horas na sede do órgão buscará alternativas para solucionar a instabilidade do setor.
No ano passado fora arrecadado R$ 86,33 milhões com aumento de 14,53% em comparativo com o ano anterior. O setor madeireiro aponta para a melhor organização em se tratando de arrecadação, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato das Indústrias dos Compensados e Laminados de Mato Grosso (Sindilan). De acordo com seu presidente, César José Mason, representa 75% contra 24% da pecuária e 45% da soja.
A mão de obra formal absorve cerca de trinta mil trabalhadores diretos. São mil quinhentas e cinqüenta empresas divididas em 50% de micro, 33%pequenas. Destas, 89% agregam somente a atividade extrativista e 11% com mais de uma atividade. A colocação de trabalho atinge cerca de cento e cinqüenta mil entre indiretos e informais.
Entre flutuações de mercado e sistematização, os madeireiros se vêem obrigados a demitir. E mais, a estagnação econômica já acontece provocando o caos sem precedentes. Mais mil trabalhadores perderam seus postos de trabalho e há previsão de mais mil com aviso prévio já assinado para o próximo mês.