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Instituto não considera população flutuante e municípios de MT perdem recursos, diz presidente da AMM

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A metodologia utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir as estimativas populacionais não leva em conta a população flutuante e alguns municípios são prejudicados. A avaliação é do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga. “Isso é muito ruim, pois, às vezes, aquelas pessoas ficam dois ou três anos no município. Utilizam sistema de Saúde, Educação, infraestrutura urbana e outros serviços. Em contrapartida, a cidade recebe menos recursos”, afirmou, ao Só Notícias.

Apesar da constatação e do questionamento de algumas entidades, principalmente em municípios do Nortão que receberam milhares de trabalhadores de outros estados para obras em hidrelétricas e tiveram aumento ínfimo da população, Neurilan disse que não recebeu nenhum comunicado oficial das prefeituras. Alta Floresta, onde é construída a Usina Hidrelétrica Teles Pires, por exemplo, teve aumento populacional, segundo o IBGE, de 114 pessoas. “A AMM vai aguardar quaisquer municípios que se sentirem prejudicados. A entidade está aberta e é parceira. Podemos estudar algum caminho para reclamar essa situação, inclusive, judicialmente”.

Conforme Só Notícias já informou, o IBGE concluiu levantamento apontando aumento número de habitantes em muitas cidades mato-grossenses. A Estimativa da População Residente no Brasil tem data referência em 1º de julho deste ano. Cuiabá (foto) continua na liderança com 580.489 ante os 575.480 no mesmo período do ano passado. Várzea Grande surge em seguida com 268.594 frente a 265.775 em 2014 e, posteriormente, Rondonópolis com 215.320 diante de 211.718 anteriormente.

Em Sinop, o IBGE revela que há 129.916 habitantes ante 126.817 no mesmo período do ano passado. A alta registrada foi pouco superior a 2,4%. Tangará aparece em quinta, com 94.289 ante 92.298. Cáceres surge em sexta, com 90.518 pessoas ante 90.106.

No Norte e Médio-Norte os principais municípios também registraram incremento populacional. Sorriso contabiliza 80.298 habitantes contra 77.735 no mesmo período do ano passado. Lucas do Rio Verde saltou de 55.094 para 57.285. Em Nova Mutum passou de 38.206 a 39.712.

No Mato Grosso são 3.265.486 pessoas ante 3.224.357 no ano passado, considerando também data base do sétimo mês, com incremento foi de 1,27%. Os novos números colocaram o Estado como segundo mais populoso do Centro-Oeste. O levantamento do Instituto Brasileiro aponta Goiás liderança com 6.610.681. Em terceiro surge o Distrito Federal com 2.914.830 e Mato Grosso do Sul surge em quarto, com 2.651.235.

Pelo levantamento, o Brasil tem 204.450.649 habitantes ante  202.768.562 em 2014. Segundo o IBGE, “as estimativas populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos intercensitários e são, também, um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União na distribuição do Fundo de Participação de Estados”.

Conforme o órgão, as estimativas “foram elaboradas com base na projeção para cada Unidade da Federação, que incorpora os resultados dos parâmetros demográficos calculados com base nos resultados do Censo Demográfico 2010 e nas informações mais recentes dos registros de nascimentos e óbitos”.

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