O PSD formalizou oficialmente a entrega dos cargos que detém no 1º escalão do governo do Estado, mas não foi tão consensual como esperavam os líderes da agremiação presidida pelo vice-governador, Chico Daltro. Era para ser 4 ofícios, mas 3 foram protocolados no gabinete do governador, referentes às secretarias de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), ocupada pelo deputado licenciado José Domingos Fraga; e de Ciência e Tecnologia, Adriano Breuning, e da presidência do Centro de Processamento de Dados (Cepromat), ocupado por Wilson Teixeira Dentinho.
A Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), ocupada pelo professor João Valente, não encaminhou o pedido de exoneração e o presidente chegou a declarar que não iria fazê-lo por vontade partidária ou de quem quer que seja, mas sim por vontade própria se assim ele o decidisse fazer.
O clima de instabilidade política gerada pela saída do PSD foi amenizada pela postura do Partido da República, sendo que o deputado Wellington Fagundes, presidente da sigla, voltou a manifestar pessoalmente ao governador o apoio integral da agremiação com seu senador, deputado federal e 7 deputados estaduais à administração de Silval Barbosa.
O assunto PSD causa desconforto no Palácio Paiaguás, que protelou o quanto pode a saída dos membros do partido kassabista, mas já se tem informações não oficiais de que o governador Silval Barbosa, além de aceitar os pedidos, iria se reunir com a base de sustentação dos partidos aliados para rediscutir o posicionamento de cada um dentro da administração estadual, o que em simples palavra pode representar uma nova partilha nos cargos de 1º e 2º escalão.
Wellington lembrou que, desde que assumiu, após ser reeleito, o governador Silval Barbosa não esteve com os partidos aliados e deverá fazê-lo agora para reavaliar o momento e decidir qual o melhor caminho a ser seguido.