Representantes de classe, autoridades políticas e sociedade discutiram, ontem à noite, no Rotary Club de Alta Floresta, a efetivação da hidrovia Teles Pires/Tapajós, além da necessidade de construção de um porto de cargas na Cachoeira Rasteira, em Apiacás, no Nortão. O porto de Cachoeira Rasteira, defendido pelos participantes do encontro, é a última fase da implantação da hidrovia e está previsto para ser entregue em 2018.
Na reunião, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) defendeu a utilização das hidrovias como modal de transportes e a construção de eclusas nas obras das hidrelétricas nos rios Teles Pires e Tapajós. O principal argumento em favor da construção concomitante de hidrelétricas e eclusas é a economia de recursos. Se o sistema de elevação for feito junto ao sistema de geração de energia, ela representará um acréscimo de 7% do valor total da obra. Se for feita depois, custará o equivalente a 30%.
No encontro foram apresentados outros números reforçam a luta pela utilização dos rios como meio de transporte. O custo do frete por tonelada, por exemplo, cai de R$ 110, quando utilizada a rodovia, para R$ 56 se for feita através da hidrovia. Além disso, um comboio formado por 15 barcaças carregadas de grãos, tira das estradas 1050 caminhões.
Embora o transporte rodoviário continue sendo uma realidade diante da hidrovia, espera-se que a diminuição de caminhões nas estradas, possa reduzir drasticamente o número de acidentes. Segundo dados oficiais, a relação estatística de acidentes é de 1 para hidrovias e 155 para as rodovias, sendo caminhões e carretas, responsáveis por 50% deles e a morte de 20 mil pessoas por ano.
O encontro foi promovido pela Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famatp), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Movimento Pró-logística.