Os deputados federais Pedro Henry e Eliene Lima (ambos PP), licenciados para serem secretários estaduais de Saúde e de Ciência e Tecnologia, respectivamente, fazem parte de um seleto grupo de parlamentares federais que estão sendo chamados de “supersecretários”. Isto devido a uma brecha na Constituição na qual permite a opção pelo recebimento do salário de deputado federal, com o valor de R$ 26,7 mil, mesmo comandando uma secretaria no estado de origem.
Até sexta-feira (4), de acordo com a Folha de São Paulo, 18 parlamentares federais, nomeados secretários em seus estados, haviam feito a opção de continuar recebendo salários de deputados, entre eles Henry e Eliene. Enquanto um secretário em Mato Grosso recebe, por mês, R$ 15 mil, os dois terão salários de R$ 26,7 mil, mensais. Desta forma, eles passam a ganhar R$ 11,7 mil a mais do que o próprio governador Silval Barbosa (PMDB), que também fixou seu salário no mesmo patamar dos secretários.
O salário é custeado pela Câmara Federal que acaba pagando duas vezes a conta. Como os deputados licenciados continuam recebendo, a Casa também tem que arcar com o salário dos suplentes que assumem a vaga deixada pelos titulares.
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