A presidenta Dilma Rousseff empossou hoje Henrique Eduardo Alves como ministro do Turismo, no lugar de Vinícius Lages. Durante uma rápida cerimônia no Palácio do Planalto, ela agradeceu a dedicação, e profissionalismo do ex-ministro, e desejou “muito trabalho e sorte” a Henrique Alves nas novas funções.
Após ser empossado, Alves disse que sua tarefa principal é fazer do turismo uma agenda cada vez mais econômica, social e política. E que está também disposto a ajudar o vice-presidente Michel Temer na articulação política do Executivo com o Legislativo. O novo ministro presidiu até 2014 a Câmara dos Deputados, e este ano deixou a Casa após 44 anos como deputado federal.
“Essa é a missão do vice-presidente, que já conversou comigo e com o ministro [da Aviação Civil, Eliseu] Padilha, pela proximidade que nós temos, e por conhecermos tão bem o Congresso Nacional, todos os partidos, parlamentares, poderemos ajudar, sim, nesse trabalho, para que o Congresso Nacional e o Executivo tenham cada vez mais um bom relacionamento”.
O ministro disse que, se for convocado por Temer, que na semana passada assumiu a coordenação das funções antes desempenhadas pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, poderá auxiliar, inclusive, na negociação com os deputados e senadores em prol da aprovação do ajuste fiscal. Referindo-se ao Congresso, ele afirmou que se precisar entrar em campo, “entrarei. Chuteira, calção, camisa, tudo pronto”.
Em seu discurso, Dilma Rousseff defendeu os potenciais turísticos do Brasil. Além de estimular os brasileiros a viajarem internamente, ela destacou o papel dos bens imateriais oferecidos aos estrangeiros que vêm ao Brasíl, como a receptividade. Em sua opinião, a indústria do turismo tem imensa “importância para o crescimento do país”.
De acordo com a presidenta, durante os 13 meses em que esteve no cargo, Vinícius Lages “levou o turismo a galgar novos passos. Chegou trazendo grande conhecimento técnico sobre indústria do turismo. Sem dúvida ele deixa um legado”. Ao saudar Henrique Eduardo Alves, Dilma o classificou como “parceiro de tantas horas no Congresso Nacional”, e disse estar certa “que ele vai trabalhar muito para que Brasil esteja cada dia mais capacitado a dar boas-vindas” aos turistas, gerando “mais renda, mais e melhores empregos”.
Esta é a quinta troca ministerial promovida por Dilma em seu segundo mandato, que começou no dia 1º de janeiro. Com a transferência das funções da SRI para a Vice-Presidência, o ministro Pepe Vargas assumiu esta manhã a Secretaria de Direitos Humanos no lugar de Ideli Salvatti.
Os ministros Mangabeira Unger, Edinho Silva e Renato Janine assumiram as pastas de Assuntos Estratégicos, Comunicação Social e Educação nos lugares de Marcelo Neri, Thomas Traumann e Cid Gomes, respectivamente.
Após esta mudança, a presidenta deve começar a discutir as nomeações de segundo e terceiro escalão no governo. Nesta semana, o ministro Eliseu Padilha disse que provavelmente no fim de semana já será possível ter um retrato quanto a esses cargos.