Faltando oito meses para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, um grupo de dez deputados já se articula para entrar na disputa pela presidência da Casa de Leis, biênio 2017-2018. A informação é do deputado Emanuel Pinheiro (PR), ao comentar sobre o posicionamento "tão paciente" do presidente Guilherme Maluf (PSDB) que, diante de enfrentamentos necessários, vem sendo confundido com fraqueza.
O republicando disse ter sido foi convidado para ser o candidato do grupo. “Ocorre que alguns deputados querem um parlamento independente, livre, além de saber se comportar diante dos outros poderes. E penso que nessa futura direção da Casa, o candidato foi colocado e não foi oferecido”.
Emanuel deixou claro que apesar de cogitarem seu nome, qualquer deputado do ‘grupo dos insatisfeitos’ poderá disputar a Mesa. “Surgiu meu nome, mas ainda teremos tempo e, se alguém do grupo tiver interesse, irei apoiar”.
Apesar das críticas, quanto ao posicionamento de Maluf diante de outros poderes, dividirem os deputado, o republicano alega que o chefe do Legislativo não poderia engolir “arames farpados”.
Pinheiro diz admirar o perfil do Maluf, porém acha que as relações institucionais não podem ficar em segundo plano, em nome do entendimento ou da amizade, por exemplo, com o governador Pedro Taques. "Acho que o Guilherme fica numa posição de injustiçado. E por isso surge um grupo que pede um presidente que se imponha”, opinou Emanuel.
A Proposta de Emenda à Constituição de Mato Grosso (PEC 02/2015), que prevê fim da reeleição para presidência da Mesa foi apresentada pelo deputado Gilmar Fabris (PSD). A mensagem não impede que o interessado em disputar o cargo fique vetado de participar, mas o mesmo não pode entrar na disputa no biênio seguinte. Não há informações se a PEC será votada ainda neste ano.
Outra mensagem que tramita no parlamento acaba com a eleição por chapas. O texto é de autoria do deputado Emanuel Pinheiro, que pontuou ser a Assembleia de Mato Grosso a única do país que não tem eleição avulsa. “O ex-deputado José Riva que acabou com a eleição avulsa. No Congresso funciona assim, o presidente ou vice e o primeiro secretário são escolhidos individualmente”.