A empresa chinesa BYD manifestou interesse em assumir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Mato Grosso. Informações obtidas pela reportagem de A Gazeta dão conta de que Ministério do Desenvolvimento Regional foi procurado pelo grupo asiático. Além disso, existe a vontade do governo federal em tirar as obras do papel. As opções seriam por Parcerias Público Privadas (PPP) ou Sociedade de Propósito Específico (SPE), permitindo que o setor privado se associe, aporte dinheiro e conclua as obras.
A BYD já faz parte do consórcio do VLT em Salvador (BA), sendo responsável pelas obras do modal do Subúrbio, também na capital da Bahia. A empresa também tem interesse na operação do monotrilho a ser instalado no trecho que falta ligar a estação Aeroporto da CPTM aos terminais de Cumbica, em São Paulo.
O Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande é formado pelas empreiteiras CR Almeida, Santa Barbara, CAF, Magna, que venceu o processo licitatório e foi suspenso pelo governo Pedro Taques. A suspensão foi contestada pelo consórcio até no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve encerrada a licitação.
Análises iniciais apontam que, sem problemas com órgãos de controle como Tribunais de Contas da União e dos Estados, seria possível concluir a obra entre um ano ou um ano e meio.
O novo titular da Secretaria de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semob) do Ministério do Desenvolvimento Regional, José Medaglia Filho, nomeado recentemente, tem a missão de tirar do papel diversos projetos paralisados no Brasil afora, entre eles o VLT de Mato Grosso.
Medaglia é servidor de carreira da Caixa Econômica Federal e foi nomeado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no dia 10 de dezembro. Ele substituiu Ricardo Caiado Alvarenga, que foi nomeado em julho passado, logo após a demissão de Jean Carlos Pejo.
A Semob, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, prorrogou para março de 2020 uma avaliação final do VLT. O governador Mauro Mendes não descarta trocar os modais de transporte, abandonando o VLT pelo Bus Rapid Transit (BRT), só que a Caixa Econômica Federal rejeita a tese, por entender que o empréstimo foi concedido com base em um projeto executivo que não pode ser simplesmente alterado diante das consequências que isto resultaria.