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Grupo acusado de desviar R$ 10 milhões pagou dívida de Silval com cheques sem fundos

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Gazeta Digital (foto: Rogerio Pereira/arquivo)

O grupo comandado pelo empresário Valdir Piran, que desviou cerca de R$ 10 milhões em um contrato para fornecer programas de aulas virtuais, chegou a pagar propinas com cheques sem fundos. Um dos prejudicados pela falta de pagamento foi o ex-governador Silval Barbosa.

Consta no inquérito policial com o resultado das investigações da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), que o representante da empresa Avançar, Weydson Soares Fonteles, responsável pelo repasse das propinas precisou ser cobrado por causa do retorno de alguns cheques que não tinham fundo.

Em sua colaboração premiada, Silval afirmou que R$ 500 mil dos desvios seriam repassados para pagar uma dívida com Marilena Aparecida Ribeiro e Silva, empresário que é apontada pelo ex-governador como uma das operadoras que fazia o repasse dos valores das propinas e também auxiliava na validação dos esquemas.

Dos R$ 500 mil, R$ 250 mil foram estornados por falta de fundos nos cheques. Quando soube do fato, Silval “cobrou o empresário Weydson sobre o retorno desses cheques, solicitando o seu pagamento, e, diante de seu não pagamento, veio a realizar a entrega de tais cheques a Valdir Piran a fim que o empresário viesse a realizar a cobrança desses cheques junto a Weydson”, diz trecho da delação que consta no inquérito policial.

Apesar de negar essa quitação da dívida de Silval, através do grupo liderado por Piran, Marilena confirmou que alguns cheques voltaram por falta de fundos, sendo dois em novembro de 2014 e um em fevereiro de 2015.

“(…) afirma que recorda-se que recebeu cheques da empresa Avançar Tecnologia que foram entregues por Silvio Correa a mando de Silval Barbosa (…) que não se recorda dos valores ao todo dos cheques, mas esclarece que todos os cheques que lhe foram entregues por Silvio que consta a empresa Avançar ou Embrated foram devolvidos pelo motivo de não ter fundos”, disse Marilena em sua delação.

O grupo foi revelado pela Operação Quadro Negro, na terça-feira (22), da Defaz. A partir de uma auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE), foi iniciada uma investigação que apurou o pagamento de propina e desvio de recursos públicos durante o governo de Silval Barbosa.

O grupo firmou dois contratos entre a empresa Avançar e o Centro de Processamento de Dados (Cepromat), atual Empresa Mato-grossense de Tecnologia de Informação (MTI). A contratação foi realizada para o fornecimento de programas de aulas virtuais, mas apenas parte do material foi entregue e bem abaixo da qualidade esperada. O objetivo era criar uma fachada de legalidade para o uso de dinheiro público para pagamento de dívidas de campanha.

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