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Gravação e saída de Jucá do governo deixam claro golpe contra Dilma, diz deputado por MT

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A gravação que derrubou o então ministro do Planejamento, Romério Jucá (PMDB) deixou claro o que a articulação do impeachment da presidente Dilma Rouseff (PT) trata-se de um golpe. O posicionamento é deputado federal petista Ságuas Moraes, que votou contra o afastamento de Dilma na Câmara Federal, em abril. “O impeachment é golpe com intuito de impedir Dilma continuar a governar, para tentar salvar quadrilheiros. Isso prova mais uma vez que o governo de Temer e ilegítimo, que tem 7 ministros denunciados, aliás, 1 saiu, agora são 6”.

Ságuas disse, ao Só Notícias, que gravação deixa claro que a saída de Dilma estaria ligada diretamente a intenção de “proteger” parlamentares mencionados na operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras. “A melhor declaração que podíamos ter (gravação). Foi golpe. Viemos denunciando isso por ausência de crime de responsabilidade da presidente. Lá atrás, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) lançou uma entrevista na internet na qual dizia que queriam dar o golpe para frear a Lava Jato. Já tinham muitos deputados mencionados, a lista da Odebrecht, havia desespero de parlamentares, que queriam freios na ação”.

Morares ainda apontou outros trechos que “escancarariam” o golpe. “Sabendo que Dilma jamais teria intenção de parar a Lava Jato, aliás, nenhum presidente teria como, imaginavam que com Temer haveria um acordo. Ele (Jucá) disse na declaração que falou com vários ministros do Supremo Tribunal Federal, o único que não foi o Teori Zavasck, porque é mais fechado. Mas falou com o Renan (Calheiros, presidente do Senado), todo mundo. Declarou que teria que substituir Dilma porque não tinha mais possibilidade”.

O Diário Oficial da União publica ontem o decreto com a exoneração de Jucá, que anunciou que iria se licenciar do cargo até o Ministério Público Federal se manifestar sobre as denúncias contra ele.   Negou que tenha tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato e chegou a dizer que não iria pedir afastamento do cargo, além de afirmar que não temia ser investigado. 

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