As eleições municipais de 2012 colocarão à prova partidos que encolheram em número de candidatos às prefeituras na comparação com 2008, como é o caso de PPS, DEM, PR, PP e PT. A surpresa fica por conta do PSD, que apesar de estreante, lidera o ranking dos postulantes aos comandos das cidades de Mato Grosso, com 78 nomes, além de 1.157 candidatos às câmaras municipais. A maioria das agremiações que teve o quadro reduzido, rebate a estimativa de perda de espaço político, ostentando interpretação de que “menores são mais coesos e com maiores chances de vencer”.
Enquanto isso, o PSD confia em bons resultados, com meta de superar a atual composição nas prefeituras, de 49 gestores. Já siglas como o PMDB se destacam por manter média de candidaturas próprias, sendo um dos partidos menos atingidos com dissidências.
Presidente do PSD no Estado, vice-governador Chico Daltro, considera o panorama natural dentro das propostas que fundamentaram a criação do partido, em setembro de 2011. “O PSD nasceu com um ideal de assegurar maior poder democrático e social, para garantir políticas mais condizentes com ideais que estavam subjugados em outros partidos. Estamos confiantes”.
Presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), disse que ficou surpreso com o número de candidatos, de forma geral. Frisou esforço para que a sigla confirme no mínimo, o atual número de prefeitos.
O DEM mantém 28 líderes de chapa majoritária e 758 postulantes aos legislativos. Em 2008, foram 57 candidatos a prefeito e 860 ao cargo de vereador. Presidente do DEM em Mato Grosso, Dilceu Dal Bosco, admitiu reflexos negativos em razão de o partido não ter disputado eleição para o governo nos últimos pleitos. “É uma situação que teremos que discutir depois das eleições e dos resultados”.
Assim como o Democratas, o PPS está entre as legendas que mais sofreram perdas para o PSD. Vale ressaltar que o DEM, apesar disso, ainda é o partido com maior número de filiados no Estado, 65.536, seguido pelo PMDB com 49.889, PPS 40.698, PR 37.331, PSDB 35.331, PP 27.229, PT 26.053, PDT 22.015, PTB 21.255 e PSB com 17.053.
O PPS, sob responsabilidade do candidato à Prefeitura de Rondonópolis, Percival Muniz, disputará o pleito com apenas dez candidatos majoritários. Foram 26 anteriormente. Percival entende que os nomes são mais fortes e assegura resultados promissores. PP disputa com 22 postulantes às prefeituras. Foram 55 em 2008. Secretário-geral do PP estadual, Ezequiel Fonseca, disse que “o partido está mais forte e que a redução deve ser vista como bloco consolidado”.
Presidente do diretório regional do PT, Willian Sampaio, considera o cenário consequência da política de “coesão” e construção de alianças, onde a sigla mantém participação em chapas majoritárias, mesmo não sendo na liderança. “Mesmo menor, somos mais competitivos”, avaliou.
Secretário-geral do PSDB, Ussiel Tavares, informou que “o partido está representado nas cidades mais importantes, como Cuiabá, e que a sigla alcançará objetivo de assegurar o fortalecimento”.
Presidente do PMDB, Carlos Bezerra, acredita que a manutenção da média de candidaturas próprias, sendo 61 em 2012 e 62 em 2008, além da lista de vereadores, faz parte da política do partido, com militância “fiel” e por convicção partidária. PR também sofreu redução do número de candidaturas, sendo que o PDT e o PSB, aumentaram o número de participantes.