O setor gráfico de Cuiabá enfrenta a falta de papel para produzir o material de campanha das eleições municipais 2008. Mas, nada que tenha afetado de forma negativa o trabalho das candidaturas, até porque as campanhas eleitorais, de forma geral, passaram a seguir um ritmo mais lento após as diversas mudanças na Lei Eleitoral que impedem alguns tipos de propaganda.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Mato Grosso (Sigemt), Lídio Moreira, um possível atraso na entrega de material que pode ocorrer nessa época é relativo, porque “serviço de campanha sempre é urgente”.
Moreira pondera que a falta do papel que é utilizado nos materiais de campanha, como cartazes e santinhos, é comum em todo ano eleitoral. Isso porque a indústria não muda seu planejamento nesse período. Além do mais, a produção de papel está em outros Estados, dentro de Mato Grosso há apenas três revendas, que não conseguem atender toda a demanda.
O presidente do Sigemt chama atenção para outro fato, que é a questão de preço e quantidade. Ou seja, grandes gráficas que podem comprar em maior volume e com menores preços recorrem diretamente às fábricas, que ficam fora do Estado, e isso também toma tempo.
De acordo com Moreira, em período eleitoral, a produção nas gráficas aumenta em torno de 20% a 30%, assim como a contratação de temporários, que cresce 20% em média. Mas esse movimento já foi maior, antes das limitações de propaganda impostas pela Lei Eleitoral.
Mesmo com a situação de falta de papel, das coligações e partidos que disputam a Prefeitura de Cuiabá, somente a do prefeito Wilson Santos (PSDB) diz ter tido problemas de atraso na entrega do material de campanha, apesar de ter sido pequeno. De acordo com a coordenadora da campanha, deputada federal Thelma de Oliveira, não foi nada de significativo. Até porque a campanha ainda está muito no início. O comitê do tucano foi inaugurado no início desta semana.