O governador Blairo Maggi (PR), que participa em Copenhague, capital da Dinamarca da Conferência Mundial sob o Clima, disse neste domingo, por telefone, que ao contrário do passado muito recente, já existe uma conscientização dos governantes em todo o mundo, da necessidade de medidas que definam regras mais exigentes para a questão climática e de preservação ambiental, mas resguardando questões como a produção de alimentos. "Todos sabem que é preciso diminuir a emissão de gases poluentes, mas é preciso fazê-lo com certa responsabilidade, pois isso pode afetar a economia mundial, mas o avanço está na conscientização e na determinação dos líderes mundiais de que é preciso tomar providências até 2020 e isso todos vão fazer", disse o governador mato-grossense.
Maggi voltou a defender a tese que acabou absorvida pelo presidente Lula de que o Fundo Amazônico possa indenizar proprietários de terra que não utilizarem a exploração de suas riquezas naturais, ou seja, "em vez do pecuarista ou produtor agrícola explorar suas terras na Amazônia ele a preserva, mas tem que ser indenizado por isso, pois de onde ele vai tirar o seu sustento e o de sua família", ponderou o governador que é hoje reconhecidamente um dos maiores produtores agrícolas do mundo e também um defensor ambiental de medidas que permitam a exploração racional sem afetar o meio ambiente.
A fala do governador mato-grossense é uma das mais esperadas e deverá acontecer nas próximas horas, quando Maggi defenderá a indenização pela preservação como incentivo para a retomada das políticas de preservação ambiental e redução de emissão de gases que é combatida pela floresta com a produção de oxigênio.
Conferência – Cento e dez líderes mundiais, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarcam em Copenhague a partir desta terça-feira para participar das negociações sobre o clima. A maior e mais importante conferência sobre mudanças climáticas da história foi aberta na segunda-feira (07). Os organizadores disseram a diplomatas de 192 países que esta pode ser a melhor e última chance para um acordo que proteja o mundo do desastroso aquecimento global.