A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) anunciou que deve processar o empresário José Carlos Pena, dono de uma construtora, por insinuar que ainda existem esquemas de corrupção na pasta. A declaração foi feita durante depoimento à 7ª Vara Criminal na ação penal da operação “Grão Vizir”.
O depoimento foi prestado à juíza Selma Arruda, ontem. Na ocasião, o empresário insinuou a ocorrência de esquemas de desvios de dinheiro, como os que ele delatou e que e culminaram na prisão do ex-secretário Permínio Pinto na operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
José Carlos Pena foi responsável por gravar uma reunião onde outros empresários “dividiam” as licitações. Depois da delação, duas outras operações foram realizadas pelo Gaeco.
Em depoimento, o empresário alegou que foi exposto a risco e hostilidade após contar como ocorriam as fraudes. Afirmou que se criou uma “barreira” dentro da Secretaria de Educação, motivo pelo qual ele não conseguiria receber R$ 700 mil, que teria de créditos relativos a serviços prestados.
Segundo nota enviada à imprensa, a Seduc alega que o empresário não recebeu por estar com a documentação irregular, o que impedia o pagamento. Quando a situação se regularizou, a empresa começou a receber. E, devido às alegações de corrupção sem qual quer prova, a secretaria estuda acioná-lo judicialmente, por calúnia.
Desde que o ex-secretário Permínio Pinto foi exonerado e preso, o então secretário de Planejamento, Marco Marrafon, deixou seu antigo posto e assumiu o cargo de secretário de Educação.