A agilidade nas obras para a construção da barragem no Rio Coluene, no município de Paranatinga (373 km a Oeste de Cuiabá), um dos principais afluentes do Xingu, foi o assunto discutido em reunião entre o governador Blairo Maggi, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o juiz federal Julier Sebastião da Silva e os acionistas da empresa Paranatinga Energia.
As obras das usinas Paranatinga I e II foram embargadas no ano passado pelo Ministério Público Federal. O embargo se deu por causa da possibilidade de a área ser sagrada para para a população indígena que vive na região. Entretanto, um estudo antropológico realizado pela Funai, o Governo do Estado e a empresa, com participação dos indígenas, apontou que o local referido por eles fica a sete quilômetros abaixo do local da barragem.
“Queremos resolver essa situação definitivamente, pois essa região é muito carente e sem energia não há desenvolvimento”, afirmou o governador. Ele ressaltou que nos municípios da região existem 43 mil famílias assentadas que ainda não foram beneficiadas com programas de energia elétrica. “Em cada cidade existe um grupo gerador”, disse Maggi.
De acordo com o empresário Carlos Eugênio Brennand, da Paratinga Energia, a obra está legalizada há um ano e meio e a licença já foi renovada duas vezes. “Já foi feito um acordo no ano passado, elaboramos um termo de compromisso e estamos cumprindo tudo o que foi determinado”, salientou Brennand.
Segundo ele os estudos apontam que a barragem está localizada a 94 quilômetros de distância do Parque Nacional do Xingu.
A empresa está aguardando a decisão do Ministério Público Federal para concluir os investimentos no local.
Tanto o ministro Gilmar Mendes, quanto o juiz Julier Sebastião da Silva, não deram entrevista sobre o assunto.