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Governo pode usar aviões e prevê distribuir vacinas da covid em tempo recorde em MT

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O governo de Mato Grosso informou, hoje, que está montando uma força tarefa para que a vacina contra a Covid-19 chegue aos municípios o mais rápido possível. A ação faz parte do Plano Estadual de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 em Mato Grosso e prevê, caso necessário, o apoio de seis aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Segundo divulgado pela assessoria de imprensa, o envio será feito assim que o Ministério da Saúde disponibilizar o imunizante, afirma o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, ao sinalizar que o Estado está preparado para a distribuição da vacina – seja via terrestre ou áerea.

“Assim que recebermos a vacina no aeroporto, o Estado vai iniciar a distribuição. Cuiabá e Várzea Grande terão acesso aos medicamentos imediatamente. Na sequência, considerando a quantidade que recebermos, o Estado vai encaminhar os imunizantes para os 14 polos regionais, que serão a ponte de distribuição aos municípios”.

Com o objetivo de “promover a adequada logística da vacina, com segurança, efetividade e equidade”, a secretaria de Saúde também pretende ampliar a Rede de Frio Estadual e já viabiliza uma Central Estadual e mais quatro Centrais Regionais (Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis e Sinop), assim como a aquisição de equipamentos de refrigeração e frota adequada para distribuição terrestre. O investimento estimado é de R$ 2,2 milhões.

Atualmente, a Rede de Frio Estadual conta com uma Central Estadual localizada em Cuiabá, 14 Centrais Regionais localizadas nas regiões de saúde de Mato Grosso, aproximadamente 756 Salas de Imunização ativas, além de um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

De acordo com Gilberto Figueiredo, a vacinação seguirá o Plano Nacional de Imunização (PNI), definido pelo Ministério da Saúde. No entanto, a logística, bem como a segurança necessária para a distribuição das vacinas e dos insumos para a aplicação, serão disponibilizadas pelo Governo do Estado.

A escolta dos materiais até os 14 polos de distribuição será feita pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), além das Polícias Federal e Rodoviária Federal e o Ministério da Defesa. Nos casos em que for necessário, o Ciopaer disponibilizará sua frota aérea para dar celeridade à distribuição.

Nos próximos dias, os 141 municípios de Mato Grosso devem começar a receber as agulhas que já se encontram em estoque e que serão utilizadas no plano de vacinação contra a Covid-19. A secretaria também providenciou a aquisição suplementar de 6,5 mil seringas para o enfrentamento de vacinação, com investimento na ordem de R$ 2,8 milhões.

No plano de vacinação do Governo Federal está a vacina AstraZeneca, produzida pela Fiocruz, em parceria com a Universidade de Oxford, e o imunizante CoronaVac, vacina produzida pela farmacêutica SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Ambas indicadas para pessoas acima de 18 anos e com aplicação de duas doses. O prazo para a segunda dose da CoronaVac é de 14 a 28 dias, sendo de 90 dias para a AstraZeneca.

Enquanto não há a confirmação do envio por parte do Governo Federal, da quantidade de doses a ser enviada aos Estados, a equipe do governo de Mato Grosso alinha estratégias para a logística de vacinação, reforçando que, havendo qualquer alteração no PNI, o plano estadual se adequará à mudança.

“Não sabemos se iremos receber as duas vacinas. Sabemos que iremos receber vacina. Se recebermos 270 mil doses para esse primeiro grupo vamos praticamente iniciar a vacinação de todos, se recebermos um lote inferior a isso, nós vamos pactuar regionalmente com os secretários municipais sobre qual estratégica iremos adotar. O governo de Mato Grosso vai atuar com as vacinas adquiridas pelo Ministério e, se no futuro houver a disponibilidade para fazer aquisição de vacinas, faremos a compra para ampliar a cobertura vacinal no estado”, concluiu Figueiredo.

De acordo com o Plano Nacional de Imunização, os grupos prioritários para a campanha são trabalhadores da área da saúde (incluindo profissionais da saúde, profissionais de apoio, cuidadores de idosos, entre outros), pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas, população idosa, indígena aldeado em terras demarcadas aldeados, comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, população em situação de rua, comorbidades, trabalhadores da educação, pessoas com deficiência permanente severa, membros das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema de privação de liberdade, trabalhadores do transporte coletivo, transportadores rodoviários de cargas e população privada de liberdade.

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