O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, afirmou, que a reforma administrativa a ser conduzida no Governo do Estado não provocará mais a extinção ou a fusão de Secretarias, como na proposta anterior. As mudanças ocorrerão sim, porém, de forma sistêmica e internamente.
“O Governo ouviu os anseios da sociedade, de setores organizados produtivos contrários à fusão de Secretarias. Por isso, outro estudo da Seplan (Secretaria de Planejamento), juntamente com a Casa Civil, apontou a viabilidade de se fazer o enxugamento interno, como o agrupamento entre coordenadorias, superintendências e gerências”, afirmou o secretário, durante a entrevista.
Luiz Antonio Pagot confirmou que, nesse processo de reforma, demissões serão inevitáveis, porém, de funcionário comissionados. Os servidores efetivos, segundo ele, serão remanejados para áreas de outras pastas que têm seus quadros profissionais deficitários.
Dentro dessa concepção, afirmou, dois estudos estão bastante avançados. Um refere-se à criação de uma guarda patrimonial, utilizando funcionários públicos sem função no Governo, após a devida qualificação, para substituição dos policiais militares.
“Os policiais militares precisam cuidar da segurança da população, têm que estar nas ruas ou em atividades afins”, disse o secretário.
Outro projeto é a criação de vigilantes em dupla para as escolas estaduais, onde eles atuarão na segurança dos alunos dentro das escolas e no trânsito nas proximidades. Pagot observou que esse trabalho não é novidade no Brasil, citando como exemplo o fato de que no Estado do Amazonas a dupla tem nome de “João e Maria” e atuam com rádio de comunicação interligado à viatura da Polícia Militar, que é acionada em situação de emergência.
“O governador Blairo Maggi recomendou que as mudanças da Casa Civil assim como as da área de Segurança sejam implementadas até 31 de agosto”, informou o secretário.
Pagot admitiu que há áreas que necessitam de maior atenção, como a fiscalização da Secretaria de Infra-Estrutura em obras no Estado; profissionalização dos trabalhadores da Educação, para que torne as escolas estaduais mais atrativas aos alunos; e a ampliação de projetos de reflorestamento.
O secretário-chefe da Casa Civil também falou sobre Meio Ambiente e os avanços conquistados a partir da criação da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), assim como o trabalho compartilhado com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis) em defesa da floresta e de sua exploração consciente e sustentável.
Pagot explicou relacionamento harmônico que o Governo Blairo Maggi estabeleceu com os Poderes Legislativo e Judiciário e com os partidos políticos. Ao encerrar, ele reafirmou que a atual gestão trabalha sempre levando em consideração a necessidade de “se alavancar o crescimento econômico do Estado com justiça e inclusão social”.