PUBLICIDADE

Governo não liberou nenhuma emenda parlamentar federal para MT em 2012

PUBLICIDADE

Levantamento realizado pela bancada federal revela desempenho pífio das emendas sobre os exercícios de 2010, 2011 e 2012. Os ajustes ditados pelo governo federal sobre liberação de recursos foram tão duros no ano passado, que do total de R$ 500,4 milhões estimados em emendas de bancada, simplesmente nada foi pago até o dia 14 de dezembro. Na data, como aponta o balanço, somavam R$ 27,6 milhões os empenhos junto à União. Os anos anteriores apresentaram resultados pouco alentadores, com menos de 10% pagos sobre os valores projetados. A bancada tenta assegurar mais do que os R$ 500 milhões previstos junto ao Orçamento Geral da União (OGU) para 2013, mas admite revisão sobre o formato das propostas, que na prática, não se concretiza.

Em 2010, os 8 deputados federais e 3 senadores de Mato Grosso conseguiram aprovar junto ao orçamento da União o montante de R$ 439,6 milhões. Foram empenhados R$ 224,765 milhões. Até o final do ano passado, somente R$ 39,3 milhões haviam sido liberados pelos cofres do governo federal referentes a 2010. No ano seguinte, os parlamentares conseguiram R$ 391,6 milhões em emendas de bancada. O empenho dos valores somou cerca de R$ 110 milhões. Desse montante, apenas R$ 31 milhões foi de fato pago pelo governo federal, via ministérios.

O panorama não evoluiu no aspecto da liberação sobre o exercício de 2012. Foi quando deputados e senadores validaram junto ao OGU o valor de R$ 500,4 milhões, com empenho de 27,6 milhões, mas sem qualquer centavo quitado até meados de dezembro. Vale ressaltar que o levantamento se ateve apenas às emendas de bancada, não se referindo às emendas individuais, que teve soma média anual de R$ 165 milhões. No quadro geral, a amarga liberação de recursos se aplica a todos os formatos de emendas.

Coordenador da bancada federal, deputado Homero Pereira (PSD), reconheceu a seara de dificuldades. Fez questão de lembrar o esforço dos parlamentares de Mato Grosso para tentar se sobressair às intempéries, mas admitiu a necessidade de instituição de novas medidas para fazer valer as emendas. Ele se referiu ao orçamento impositivo, defendido pela maioria da bancada e com coro também entre deputados da Assembleia Legislativa. Presidente do Parlamento Estadual, José Riva (PSD), é um dos mais críticos sobre o atual modelo de emendas.

Se o Congresso Nacional conseguir em 2013 imprimir as modificações, garantindo propostas impositivas, caberá ao Executivo a obrigatoriedade de realizar as previsões orçamentárias. No quadro vigente, as emendas mesmo aprovadas, ficam à disposição do aval do Executivo. Assim, podem ou não ser implementadas, abrindo precedentes para série de reclamações sobre a não concretização.

Deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) criticou a postura do Congresso Nacional que na opinião dele, "não se posiciona sobre matérias de extremo interesse dos estados e municípios", fazendo menção à Reforma Tributária. Acrescentou ainda que "as emendas têm se tornado uma peça de ficção", porque não saem do papel em sua maioria.

O assunto deve ser debatido com mais ênfase para reafirmar o pedidos dos estados por mudanças. Essa é a posição do deputado federal Valtenir Pereira (PSB), que reclamou a falta de atenção do governo federal. "Essa situação deixa nós parlamentares de mãos atadas, porque fazemos compromissos junto aos municípios que depois não conseguimos cumprir", desabafou.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Gerson Bicego será o novo presidente da Câmara de Sorriso

O ex-vice-prefeito Gerson Bicego (PL) será o presidente da...

Polícia Federal prende Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro

A Polícia Federal prendeu, hoje, o ex-ministro da Defesa...

Prefeito de Matupá define dois novos secretários

O prefeito reeleito de Matupá, Bruno Mena (União), anunciou,...
PUBLICIDADE