A relação do governo do Estado com a quase todos os deputados estaduais entrou em rota de colisão por descumprimento na liberação dos R$ 81 milhões em emendas parlamentares para serem feitas obras nos municípios e que continuam atrasadas. Os secretários da Casa Civil, José Lacerda, de Administração, Cesar Zilio, e de Planejamento, José Botelho do Prado, participaram da reunião do Colégio de Líderes e, o que não faltou, foram cobranças pela liberação de convênios que já foram seguidamente autorizadas pelo governador Silval Barbosa mas que não passam pelo crivo dos secretários. Eles ouviram pesadas criticas por parte dos deputados pelo fato do governo estar protelando a liberação dos créditos e alegar, depois, as proibições impostas pelo período eleitoral e novamente não liberar os créditos que são destinados a obras nos 141 municípios.
Pelo menos 16 deputados se reuniram dispostos a endurecer na relação com o governo Silval Barbosa, lembrando que existem emendas emperradas desde 2009, quando o Estado deixou de cumprir os compromissos com os deputados estaduais.
A apreensão dos deputados também é com a limitação imposta pela lei eleitoral, pois com a proximidade dos prazos estabelecidos na lei, a partir de 7 de julho, os convênios não contratados e em execução não poderão mais ser liberados em ano eleitoral, exatamente para os municípios onde está a base dos deputados que pensam no hoje de olho em 2014, quando então eles os parlamentares vão a eleição e precisam de apoio dos prefeitos e vereadores.
O atual prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), eleito vice-prefeito em 2008, no ano de 2009 cobrou a liberação dos créditos do ainda governador, hoje senador Blairo Maggi (PR) mas tudo em vão, pois pouco ou quase nada se confirmou de lá para cá e nos anos de 2010 e 2011 as liberações ficaram ainda mais restritas.
Uma nova reunião com o governador e a equipe econômica deverá acontecer amanhã para se construir um ponto de equilíbrio na agastada relação entre o Executivo e o Legislativo e mesmo não havendo exposição pública no difícil momento da relação, matérias consideradas importantes e fundamentais para o Poder Executivo como a autorização para mudança na moeda para reestruturação do resíduo da dívida pública em valores estimados da ordem de R$ 1 bilhão não andam que poderão ser contratadas em Dólar em vez de Real, ficando paradas nas comissões permanente do Legislativo Estadual.
Como o governador está em Brasília, somente na quinta, é que deputados e o chefe do Executivo, mas os secretários da equipe econômica, Edmilson José dos Santos (Fazenda), Cesar Zilio (Administração), José Botelho do Prado (Planejamento) e José Lacerda (Casa Civil) se reuniram para novamente tentar construir um entendimento que permita a liberação emergencial das emendas para que as mesmas não fiquem prejudicadas por causa do período eleitoral.
(Atualizada às 09:21h)