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Governo prevê que ferrovia Sinop-Miritituba não deve sair no mandato de Lula

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A ferrovia para integrar Sinop ao porto de Miritituba, no Pará, a “Ferrogrão”, não deve ser licitada neste mandato do governo Lula. A previsão é do secretário especial do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal, Marcus Cavalcanti. “Está no Novo PAC a conclusão dos estudos [da Ferrogrão]. Tem a alternativa de mudança de traçado. Mas eu acho que a gente não licita nesse ciclo”, disse, em entrevista à Folha de São Paulo.

Segundo a publicação, o Ministério dos Transportes ainda trabalha com a perspectiva de fazer o leilão até o fim de 2026, mas que o projeto não depende apenas da pasta. Já a secretaria do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), ligada à Casa Civil, acredita que a licitação deve ficar para o próximo ciclo. “Nosso trabalho nesse ciclo de um ano e dez meses [até o fim do mandato] é deixar concluídos os novos estudos e aí ficar para o novo ciclo tomar a decisão da execução”, acrescenta.

Os estudos técnicos de impacto socioambiental e viabilidade do Ferrogrão, solicitado pelo Supremo Tribunal Federal à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em agosto do ano passado, ainda estão sob análise do órgão do poder judiciário. “A gente tendo aprovação do STF, em um ano a gente faz o leilão da Ferrogrão para início das obras e o início das operações”, projetou, ao Só Notícias, Rafael Vitale, que encerrou o mandato como diretor-geral da ANTT e esteve em Sinop no mês passado para inauguração do escritório de fiscalização de infraestrutura rodoviária.

Com 933 km de extensão, o projeto da construção de uma ferrovia no trecho entre Sinop (MT) e o porto de Miritituba, distrito de Itaituba (PA), é visto como uma alternativa do escoamento do agro, madeira e outros produtos no Centro-Oeste brasileiro e será construída paralelamente à rodovia BR-163.

“Ferrovia é bem mais complexo, não é tão rápido quanto uma duplicação de um trecho, mas a gente acredita que as coisas vão avançando, as dúvidas vão sendo dirimidas e, assim, nós vamos ter autorização para seguir em frente”, complementou Vitale.

O projeto da ferrovia ficou travado por mais de três anos após o PSOL ajuizar ação que questiona o traçado e impactos ambientais no parque nacional do Jamanxim, no Pará, que teria cerca de 860 hectares de sua área destinada para os trilhos da ferrovia que passariam próximos de seis áreas indígenas.

Em maio do ano passado, o STF determinou novos estudos que foram feitos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres e encaminhamos à corte para análise. Devido aos ajustes no traçado, não foi apresentada nova estimativa financeira dos investimentos na ferrovia, que escoaria mensalmente milhares de toneladas de grãos até portos paraenses (reduzindo frete para o produtor) e transportaria até Sinop diversos insumos.

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