O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, assegurou a liberação de empréstimo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a Rota do Oeste para continuidade das obras de duplicação da BR-163, em Mato Grosso. A medida atende pedido feito pelo senador Wellington Fagundes (PR), que voltou a alertar para o risco de paralisação dos trabalhos caso haja demora na liberação dos recursos.
Desde agosto do ano passado, o senador vem alertando para os riscos de paralisação das obras pela concessionária em função dos entraves por parte do BNDES. Ao todo, estão previstos R$ 1,4 bilhão compromissados pelo governo federal, por meio da instituição financeira, na época da concessão. Este ano, o senador republicano e líderes rurais e empresários do Estado voltaram a cobrar uma posição do BNDES.
Ex-ministro dos Transportes, Eliseu Padilha afirmou que o governo Temer não pretende postergar a liberação dos recursos comprometidos com as empresas. E que serão empenhados esforços para retomada do crescimento. “O momento é difícil, mas a única forma de o Brasil voltar a gerar empregos é investir em infraestrutura”.
“O prejuízo de uma paralisação é extrema. Para Mato Grosso, que é um Estado produtor de grãos e carne bovina, que tem sua economia baseada nessa produção, os prejuízos são incalculáveis” – enfatizou o líder do PR, ao destacar também os efeitos sociais “muito danosos”, em função de perdas de vida. Nos 800 quilômetros da rodovia, entre o Posto Gil e a cidade de Rondonópolis, existem 400 quilômetros onde se registra o maior índice de acidentes frontais no Brasil.
Outra consequência observada por Wellington Fagundes quanto a demora na liberação do crédito, se dá a credibilidade do programa de concessões e dificulta a atração de investidores. "A melhor forma de o país sair da crise é com investimentos em infraestrutura, mas como podemos falar em novas concessões se o governo não cumpre o que foi pactuado nas licitações anteriores?".