O governo de Mato Grosso encaminhou hoje, um projeto para ser votados pelos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, que visa conceder um adicional aos servidores da Saúde que atuam na linha de frente das unidades hospitalares que atendem casos de Coronavírus. Para citar um exemplo, hoje a remuneração de um superintendente de Enfermagem -que coordena toda a equipe de enfermeiros que atendem casos de covid-19 em um hospital estadual – é de R$ 5 mil. O valor é inferior ao salário dos próprios enfermeiros que ele coordena. Com a proposta, esse profissional receberia R$ 6,7 mil
A compensação, assim que aprovada, só terá validade enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia. “Lamentavelmente, temos um grande problema no sistema de saúde, que é a falta de profissionais no mercado. Está faltando no Governo, nos hospitais privados, e estamos registrando uma perda de profissionais inclusive pela grande demanda e competição para contratação”, explicou o governador Mauro Mendes.
O sistema de saúde no Estado está com grande dificuldade de realizar contratações e que, por isso, é preciso “entrar nessa disputa de mercado (com clínicas e hospitais particulares) para reter esses profissionais e mantê-los trabalhando nos hospitais públicos”. “E para que isso aconteça, durante o período da pandemia, para os profissionais que estão exclusivamente atuando na linha de frente em hospitais e em ações de combate ao coronavírus nas unidades de Mato Grosso, o Governo propõe uma remuneração adicional. Estamos encaminhando para a Assembleia Legislativa um projeto de lei pedindo autorização para proceder dessa forma e, com isso, garantir esses profissionais trabalhando nas nossas unidades”, ressaltou.
“Essa mudança é válida e importante porque precisamos reconhecer o trabalho dos profissionais da Saúde não apenas no enfrentamento à pandemia, mas em todos contextos. Além de serem profissionais fundamentais para a linha de frente do combate ao coronavírus, tratam-se de pessoas que precisam ter o reconhecimento financeiro pelo que exercem e, sobretudo, pela responsabilidade que carregam. A gestão da Saúde entende que essa remuneração precisa ser mais justa”, declarou o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
No mesmo projeto, também está previsto que os profissionais contratados da Saúde que contraírem a covid-19 possam receber do Estado os valores dos plantões durante o período de recuperação. Ou seja, se nos últimos 14 dias antes de contrair a Covid, o profissional fez 6 plantões, o Estado paga outros 6 plantões nos 14 dias em que ele estiver afastado.
“Tenho certeza que a Assembleia está sensível à esta situação delicada e irá tramitar o projeto de forma célere, garantindo a permanência desses profissionais nas nossas unidades de Saúde”, destacou.
A informação é da secretaria adjunta de Comunicação.