O governador Blairo Maggi participa na manhã desta quarta-feira ( 08.12), no Salão Nobre do Palácio Paiaguás, da solenidade que marca o início dos trabalhos do Projeto MT 20. Esta é a primeira vez que um Plano de Desenvolvimento Estratégico de longo prazo é elaborado por uma gestão pública no Estado.
A responsabilidade da coordenação dos trabalhos está a cargo da secretaria de Planejamento e Coordenação Geral. De acordo com o secretário Yênes Magalhães, o plano estratégico já estava previsto na Lei Orçamentária de 2005 (LOA) . “Não temos a menor dúvida que este projeto vai significar um avanço na proposição de políticas públicas e privadas focadas no desenvolvimento sustentável de Mato Grosso para esses próximos 20 anos”, comentou.
A empresa responsável pela consultoria do MT 20 é a Multivisão. Para o consultor Enéas Aguiar, que coordena os trabalhos no Estado, existe uma máxima no âmbito do Planejamento que diz que nenhum processo de desenvolvimento acontece com uma visão de curto prazo. “O planejamento é absolutamente importante para qualquer governante. E tem na sua essência o instrumento fundamental para um desenvolvimento estruturado”, argumentou
Na opinião do consultor, de um modo geral os governantes se preparam estrategicamente bem para ganhar as eleições, mas depois se esquecem do planejamento, lançando mão de um “fazejamento” diário. “Montam excelentes estratégias antes das eleições, mas depois governam com uma colcha de retalhos”, completou
Os estados de Mato Grosso e Espírito Santo são os mais recentes da Federação a optar por um Plano de Desenvolvimento desse porte. Os outros são Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Ceará e Mato Grosso do Sul.
“A gestão pública, passa a partir de agora a ser pensada em longo prazo e o que é extremamente importante, com a participação da sociedade organizada que terá a oportunidade de estar atuando dentro do processo”, enfatizou o secretário Yênes.
Ele faz questão de ressaltar que o MT 20 independe dos governos que estarão à frente das gestões. Garante que é um plano flexível e que deverá acompanhar as tendências do mercado mundial e nacional sem perder de vista as prioridades regionais e o desenvolvimento.
Susan Dignart é gestora governamental na Seplan e também a responsável pela coordenação dos trabalhos. Ela explica que o Plano seguirá um cronograma, ao longo dos próximos 10 meses. “Nesse período estaremos promovendo a participação da sociedade organizada bem como do setor público de forma a construir uma visão partilhada e uma posição negociada dos cenários e das estratégias de desenvolvimento sustentável, compatíveis com as particularidades regionais”.
“O Brasil começa a entender que a criatividade não pode continuar sendo a essência das gestões. Que o planejamento é coisa séria e deve ser pensado e repensado diariamente. Este amadurecimento dos governantes é reflexão também do amadurecimento da população brasileira que está hoje muito mais exigente”, concluiu Yênes Magalhães.