O governo de Mato Grosso prorrogou, por meio de decreto, o horário de expediente reduzido dos órgãos e entidades administrativas estaduais até o dia 30 de junho deste ano e constatou economia de R$ 31,3 milhões em despesas diretas nos últimos meses. O montante representa uma redução de 21% do valor total gasto pelo governo em despesas essenciais como energia elétrica e manutenção, comparado ao mesmo período no ano anterior.
Segundo a secretaria de Estado de Gestão, os relatórios gerados são referentes ao início do período de redução do horário de expediente – setembro de 2016 – até o mês de fevereiro deste ano. A intenção é que até junho a pasta possa fechar um relatório conclusivo da economia alcançada, analisando o comparativo de um semestre fechado, além da previsão de mais controle das despesas de custeio, conforme previsto no decreto 675, de 30 de agosto de 2016.
O documento prorrogando o horário excepcional, publicado no Diário Oficial do Estado que circula nesta sexta-feira, aponta que a administração pública permanecerá com o horário de funcionamento adotado no último semestre. Alguns serviços essenciais de atendimento à população como saúde, educação, segurança e fiscalização serão mantidos em sua integralidade. Para os servidores que atuam em regime de 40 horas semanais, as atividades começam às 13h e se encerram às 19h. Os que contam com jornada de trabalho de 30 horas, continuam das 13h às 17h30.
A prorrogação da redução do horário de expediente é vista como positiva por servidores do Estado. O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig), Edmundo César Leite, disse que consultou servidores que demonstraram satisfação com a medida. "A maioria dos servidores ficou contente com a notícia da possível prorrogaçaõ do horário. O Sinpaig não vê problema na prorrogação porque a população já está acostumada com esse horário. No geral, vejo como salutar para o trabalhador do serviço público de Mato Grosso", disse Edmundo César.
Desde o início do horário diferenciado, a economia chegou a R$ 31,3 milhões. Apenas o material de consumo, como artigos de papelaria, materiais de almoxarifado, e copos descartáveis, apresentou no período uma redução de 14%. Já os gastos com energia elétrica caíram 12%. Outras despesas essenciais que obtiveram redução foram referentes a passagens aéreas (-57%) e rodoviárias (-28%), além das diárias (-22%) que foram impactadas também pelo corte de gastos na gestão dos recursos em cada secretaria.
Os resultados incluem todos os órgãos da administração pública, exceto os que não estão previstos no decreto que são as secretarias de Segurança Pública, de Educação, Esporte e Lazer, de Saúde a Defensoria Pública; a Polícia Judiciária Civil e a Procuradoria Geral do Estado, informa o GCOM.