A secretaria de Estado de Saúde divulgou, esta manhã, a classificação das 11 empresas credenciadas na concorrência para retomada da construção do Hospital Central de Alta Complexidade, localizado em Cuiabá. Um consórcio composto por três empresas foi classificado em primeiro lugar e apresentou o valor de mais de R$ 92,9 milhões. A proposta apresentada é quase 20% menor do que a previsão feita pela equipe técnica da secretaria, que estimou em mais de R$ 113,9 milhões para a construção e ampliação. De acordo com a assessoria do governo do Estado, a obra está inacabada há cerca de 35 anos.
Outras três empresas foram classificadas para o pleito. A segunda colocada, apresentou R$ 97,7 milhões. Já proposta do terceiro consórcio passou dos R$ 99,4 milhões. A quarta apresentou R$ 106 milhões. Os motivos das desclassificações estão elencados nas respostas e nos julgamentos dos recursos administrativos da proposta de preço, disponíveis na Coordenadoria de Aquisições da Superintendência de Aquisições e Contratos.
A construção do tem um cronograma de execução de 22 meses. Com o investimento, a unidade contará com aproximadamente 32 mil m² de área construída, sendo 9 mil da estrutura antiga e 23 mil de ampliação.
Quando a obra for totalmente finalizada, o Hospital Central terá nove salas cirúrgicas e ainda contará com 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 36 leitos da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 21 leitos de Pronto Atendimento, 44 leitos de retaguarda e 129 leitos de enfermaria; um total de 290 leitos voltados para o atendimento de toda a população mato-grossense.
A construção do Hospital Central foi lançada em 1984, pensada com o objetivo de proporcionar um atendimento de referência em alta complexidade nas especialidades de traumatologia, ortopedia e urgência e emergência de trauma. Contudo, devido ao corte de recursos do governo Federal, a obra foi paralisada em 1987.
Em 1992, a construção foi retomada pela gestão estadual, porém permaneceu inconclusa em razão de um desacordo entre o Governo Estadual e Federal. A obra voltou a ser retomada em 2004 pela gestão estadual, ocasião em que novamente foi paralisada.
Contudo, no ano de 2014, a Justiça Federal acatou parcialmente a solicitação do Ministério Público Federal (MPF) para a inclusão de recursos que viabilizassem o término da unidade.