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Governo do Estado pede mais tempo a procuradoria para definir retomada das obras de hospital

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O secretário estadual de Cidades, Wilson Santos, solicitou, esta tarde, durante reunião na Procuradoria da República em Mato Grosso, mais um prazo para dar resposta definitiva sobre a retomada ou não das obras de construção do novo Hospital Universitário Júlio Muller, em Cuiabá. Ele alegou que houve pedido do governador Pedro Taques para que ele participasse da próxima reunião e, então, fosse dada a decisão final. “Ele (governador) gostaria de participar ainda esta semana de uma reunião sobre esse convênio”, afirmou.

A procuradora da República Vanessa Zago, informou que aguardará a resposta por escrito do governador com o posicionamento final, e assim, que o receber, encaminhará a resposta para as instituições participantes.

A superintendente da Controladoria Geral da União, Karina Jacoby Moraes, ressaltou que houve três reuniões e que mais uma desgastaria todo o processo. “Poderíamos resolver tudo isso por meio de um documento por parte do governador, não havendo a necessidade de uma nova reunião”, ressaltou. Para o vice-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Aparecido Soares da Silva, é preciso que o Estado se posicione no documento quanto à importância da construção da obra, a fim de que seja possível dar continuidade nas negociações. “Precisamos saber se o Estado vai realizar a contrapartida, para que possamos averiguar se daremos andamento à obra desta forma”, afirmou, através da assessoria.

Diante do questionamento da secretaria das Cidades sobre a insuficiência dos valores disponibilizados pela União e os valores a serem disponibilizados pelo Estado de Mato Grosso para a conclusão da obra, representantes da UFMT informaram que é possível realizar a readequação da mesma e dos projetos. Mas, para a superintendente da CGU, para que isso aconteça é necessário que o Estado informe se fará contrapartida ou não.

Mês passado, a procuradoria recomendou ao governo revisão do projeto atual com base nos apontamentos realizados pelo Tribunal de Contas da União e pela CGU, para subsidiar a tomada de decisão sobre a nova contratação, identificando, inclusive, a necessidade de refazimento ou correção de serviços realizados. O projeto atual não possui projetos de Drenagem Profunda, de construção do poço e do tratamento para abastecimento de água, de Estação de Tratamento de Esgoto, de manejo de resíduos sólidos, de impermeabilização, entre outros.

Para a procuradora, o abandono das construções poderá acarretar diversos prejuízos, entre eles, a perda do investimento de R$ 12 milhões em uma obra que está inacabada; a existência de um prédio, por parte da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que não está sendo utilizado. “Foi duplicado o número de vagas para o curso de Medicina na UFMT justamente para o uso deste hospital e desse prédio”, enfatizou Vanessa. Ela lembrou também que embora a União tenha depositado o dinheiro da sua cota-parte, o Estado de Mato Grosso não o fez. “E o último, mas não menos importante é prejuízo causado à sociedade, que deixa de ter uma implementação de 200% na quantidade de UTI pediátrica, neonatal e adulto, 250 leitos e o primeiro hospital de grande complexidade do estado de Mato Grosso”, ressaltou, na reunião passada, em fevereiro.

A informação é da assessoria do MPF.

 

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