O governador Pedro Taques (PDT) afirmou que começará a quitar as dívidas deixadas pelas gestões anteriores a partir do mês de março. O montante de restos a pagar chega a soma de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, segundo o próprio governador.
Atualmente a equipe de secretários estaduais analisa a legalidade dos contratos firmados. Taques teme que existam irregularidades e, por conta delas, ele se torne réu em uma ação do Ministério Público Estadual (MPE) por ter autorizado pagamento indevido.
No início do ano, o governador editou um decreto suspendendo os pagamentos e determinando as auditorias nos contratos. Após esse período, o governador deve convocar os credores para negociar o pagamento das dívidas, caso os serviços estejam regulares.
“Não vou colocar minha assinatura em um pagamento que eu não sei se o serviço foi prestado ou se o bem foi entregue. Se não, daqui a pouco eu sou réu e não quero ser. Não pago. Então, eu preciso fazer auditorias. Imagina se eu vou pagar um contrato de R$ 8 milhões sem saber se foi prestado o serviço”.
Taques também sustenta preocupação com a situação financeira do Estado. Ele lembra que, para alguns, o orçamento de Mato Grosso está subestimado. Atualmente a projeção é entorno de R$ 13 bilhões para 2015, sendo que há possibilidade de chegar a R$ 15 bilhões.
No entanto, o governador adverte que o desempenho dependerá da economia internacional e nacional. Além disso, lembra que a dívida do Estado está dolarizada e a alta da moeda norte-americana compromete o pagamento.
Como solução para a preocupante situação financeira, além de cortar gastos, ele planeja viabilizar recursos em fundos internacionais. “Estamos buscando dinheiro novo, recursos internacionais”.