O líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), reconheceu hoje (10) que se não for aprovada a prorrogação por mais quatro anos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), cuja validade vai até dezembro, haverá redução no repasse de recursos orçamentários para emendas parlamentares.
Castro afirmou, no entanto, que os líderes da base aliada não deverão condicionar essa aprovação à liberação das emendas.
A proposta de prorrogação da CPMF foi o tema principal da reunião dos ministros Walfrido dos Mares Guia, da Secretaria de Relações Institucionais, e Guido Mantega, da Fazenda, com líderes da base aliada na Câmara e no Senado, no Palácio do Planalto.
Sobre a possibilidade de partilha da arrecadação do imposto com estados e municípios, o líder do PR afirmou que ceder, neste ponto, significaria modificar a CPMF, e não prorrogar. “Nem pensar”, acrescentou.
A estratégia do governo, segundo adiantou o parlamentar, é trabalhar para que no Senado a proposta não seja alterada. O líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), ainda de acordo com Castro, avaliou que no Senado o governo terá mais dificuldades para aprovar a matéria, por ter uma base menor e uma oposição contrária à renovação do tributo.
“Queremos dar, no Senado, o mesmo tratamento que está sendo dado na Câmara, porque se for aberta uma nova discussão, aí ninguém vota a prorrogação da CPMF neste ano”, disse Castro, que voltou a defender a importância da prorrogação para a manutenção do equilíbrio fiscal no país.