O secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, foi nomeado para retomar as discussões sobre o endividamento do setor público brasileiro, devido ao asfixiamento dos Estados e municípios. Apesar de ter desembolsado quase R$ 1 bilhão, no ano passado, Mato Grosso deve atualmente cerca de R$ 5 bilhões. O valor pago em 2010 reduziu pouco do estoque da dívida, uma vez que amortizou do principal cerca de R$ 250 milhões e o restante foi para pagamento de juros e correções.
"Temos a solução que é boa para a União e os entes Federados, por isso determinei ao Eder que retome a discussão, mas agora atuaremos também na frente política, ou seja, vou levar ao PMDB para que seja uma bandeira do partido. Faremos várias conversações em Brasília e articularemos com os demais governadores e o Congresso Nacional", disse o governador Silval Barbosa (PMDB), por meio da assessoria de imprensa.
Os principais pontos que fazem parte do novo modelo de reestruturação são o alongamento do perfil da dívida com carência de dois anos; taxas de juros pré-fixadas sem indexação; criação do Programa de Aceleração de Investimentos (PAI), vinculado a recursos oriundos da economia, ou seja, da diferença entre o sistema atual de cobrança da dívida e o novo modelo a ser implantado.