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Governo de Mato Grosso renegocia com banco mundial redução de 5% para 2,5% juros de empréstimos

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A Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), coordenada pela secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento recomendou a preparação do projeto para que Mato Grosso renegocie a dívida dolarizada. Hoje, o governador Pedro Taques, os secretários de Fazenda, Rogério Gallo, e de Planejamento, Guilherme Muller, começaram a tratar do assunto com representantes do Banco Mundial (BIRD) para renegociar o empréstimo. A decisão da Cofiex, de janeiro, veio em resposta à carta-consulta enviada pelo Executivo sobre a troca do credor Bank of America pelo BIRD.  Com a efetivação da mudança de credor, a previsão é obter economia efetiva real na dívida dolarizada, com a redução dos juros de 5%, para 2,5%. O estoque da dívida atual é de US$ 331,300 milhões. Em março, o governo de Mato Grosso pagará a primeira parcela anual ao Bank of America, de US$ 35 milhões.

“Esta negociação com o Banco Mundial é muito importante para o Estado de Mato Grosso porque pretendemos não somente obter condições mais favoráveis para reduzir o valor da dívida em dólar a ser pago nos próximos anos, mas também contar com o apoio do BIRD para nos auxiliar como consultoria nas reestruturações necessárias para Mato Grosso alcançar o equilíbrio fiscal”, afirmou o governador, através do Gabinete de Comunicação.

As tratativas sobre a compra da dívida do Bank of America pelo BIRD tiveram início em 2017, com reuniões periódicas realizadas pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) com representes do Banco Mundial e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

O economista-chefe do BIRD para o Brasil, Antônio Nucifora, reafirmou o interesse do banco em apoiar Mato Grosso. “Naturalmente apuramos que ainda existem desafios a serem enfrentados nos anos que virão, mas identificamos que um avanço enorme foi feito com a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal, do Teto dos Gastos, mas que com certeza ainda o Estado está em uma fase de transição e que, talvez, mais tenha que ser feito no futuro próximo”, reafirmou Nucifora, citando a necessidade de medidas estruturantes.

O secretário de Fazenda, Rogério Gallo explicou que é "mais uma fase da negociação sobre as condicionantes para que Mato Grosso formalize o pedido da troca do credor junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), pois é uma operação que continuará tendo a União como avalista. Mas é preciso um ajuste muito rígido para definitivamente rumarmos para a recuperação fiscal do Estado”.

Segundo o gestor, como as negociações já vinham sendo acompanhadas pela STN, existe a expectativa de que o novo contrato esteja em vigor a partir do segundo semestre.

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