O governo de Mato Grosso reconheceu e propôs o pagamento de apenas dois meses dos três cobrados pelo Consórcio responsável pelas obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande. As empresas cobram do executivo estadual o valor equivalente a outubro, novembro e dezembro de 2014 de pagamentos atrasados referentes às obras já realizadas do modal no ano passado. A proposta apresentada pelo governo é de pagamento das medições de outubro e novembro, que somadas dão pouco mais de R$ 100 milhões, em 24 vezes.
O Estado não concorda com os valores cobrados no mês dezembro e não teria apresentado nenhuma pro- posta para quitar o débito. Ainda con- forme informações, o governo também não teria concordado com o pedido do reajuste econômico-financeiro feito pelo Consórcio.
Em audiência de conciliação realizada em abril, que suspendeu durante 75 dias o contrato das obras do VLT, um dos representantes do consórcio, o executivo da empresa CR Almeida, Arnaldo Manoel Antunes, afirmou à imprensa que não há como entregar a obra com valor previsto em contrato de R$ 1,4 bilhão, já que os valores precisam ser corrigidos.
Segundo ele, é fundamental o reequilíbrio econômico-financeiro, que é previsto no contrato, para finalizar o novo modal. Durante a audiência, as empresas deixaram claro o interesse em concluir as obras e explicaram quesendo retomadas o quanto antes, elas devem podem ser entregues em 2018.
Conforme o cronograma de obras apresenta- do pelo Consórcio, a execução dos trabalhos para entrega do modal será realizada em três fases e aponta a possível retomada das obras para julho e afirma que o modal pode ficar pronto no prazo de 33 meses, caso o governo mantenha em dia os pagamentos e as desapropriações necessá- rias para dar continuidade aos trabalhos. As obras do modal estão suspensas desde dezembro de 2014.
Valores- As obras do VLT chegaram a ser orçadas em R$ 696 milhões, mas foram contratadas por pouco mais de R$ 1,477 bilhão. Deste total, já foram pagos R$ 1.066.132.266,35 bilhão. O valor para o tér- mino do modal pode ultra- passar R$ 1,8 bilhão.
O valor para que a obra seja terminada ainda não foi apontado pelo governo do Estado e nem pelo con- sórcio, mas anteriormente o Estado chegou a falar em cifras na ordem de R$ 800 milhões.