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Governo de Mato Grosso processa 33 empresas com base na lei anti-corrupção

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A Controladoria Geral do Estado, em conjunto com a Secretaria de Estado de Gestão, abriu processo administrativo de responsabilização contra sete empresas por supostas violações previstas na Lei Anticorrupção. A instauração do processo foi publicada no Diário Oficial do Estado que circula nesta quinta-feira. Cinco das empresas processadas são investigadas na operação Sodoma, pela Polícia Civil (Delegacia Fazendária) e denunciadas pelo Ministério Público Estadual à justiça. Entre elas está a contratada para prestar serviços de administração de margem consignável e controle de consignações no poder executivo do Estado de Mato Grosso. 

As outras duas são citadas no relatório de auditoria controladoria geral por supostas irregularidades no processo licitatório (formação de conluio) e na execução do contrato para realização de prova prática de direção veicular no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).    

Com isso, agora, a controladoria, em conjunto com as respectivas secretarias, já instaurou processos administrativos de responsabilização contra 33 empresas por supostas infrações previstas na Lei Anticorrupção, desde sua regulamentação no âmbito do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, em 15 de abril passado.

Um dos processos é o de apuração da responsabilidade de 22 empresas de construção civil por suposto envolvimento no esquema investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Rêmora (Secretaria de Estado de Educação – Seduc).

A Lei Anticorrupção endurece as eventuais sanções administrativas a pessoas jurídicas que praticarem atos ilícitos na execução de contratos com o poder público, como aplicação de multa de até 20% do faturamento bruto da empresa no exercício anterior ao da instauração do processo administrativo de responsabilização.  Quando não for possível esse cálculo, a multa pode variar de R$ 6 mil a R$ 60 milhões. O valor, no entanto, não pode ser inferior à vantagem obtida. 

A lei prevê também a publicação de eventual condenação na sede e no site da própria empresa, bem como em jornal de grande circulação local e nacional. Além das penalidades previstas na Lei Anticorrupção, as empresas processadas estão sujeitas às sanções administrativas da Lei de Licitações e Contratos (8.666/1993), como restrição ao direito de participar de licitações e de celebrar contratos com a administração pública.

O secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves salienta que, dos recentes casos de repercussão, a CGE, em conjunto com as respectivas secretarias, também tem se dedicado a outros processos administrativos contra fornecedores com base apenas na Lei de Licitações e Contratos. Dentre eles, de apuração de possíveis irregularidades na execução de contrato da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com empresa de táxi aéreo; da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) com empresa para execução de obras do Centro Nefrológico do Hospital Universitário Júlio Muller em Cuiabá; da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) com empresa fornecedora de avião semi-novo e outras.

Atualmente, o Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas mantido pela controladoria tem 123 pessoas jurídicas sancionadas por irregularidades na execução contratual com a administração pública com base na Lei de Licitações.

A informação é do Gabinete de Comunicação.

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