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Governo de Mato Grosso gastou R$ 500 mil a mais no Mundial, diz CPI

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as obras da Copa do Mundo em Cuiabá, Oscar Bezerra (PSB), revelou que o Estado poderia ter economizado R$ 500 milhões nas obras de infraestrutura para receber o Mundial de futebol. Além disso, cerca de 35 pessoas devem ser responsabilizadas por irregularidades encontradas nos contratos e na execução de algumas obras exigidas para que a capital recebesse os jogos da Fifa. Entre as fraudes encontradas pela CPI, estão indícios de direcionamento de licitações, participação de ‘empresas fantasmas’ na concorrência do edital, descumprimento de normas licitatórias, pagamentos em duplicidade de contratos e serviços.

Após seis meses de investigações, a CPI caminha para sua fase final e será entregue antes que o mês de maio chegue ao fim. Com aproximadamente 1,5 mil páginas de relatório, 70 oitivas, 35 reuniões, 13 mil páginas de processos (que foram divididos em 60 volumes) e arquivos de vídeo/áudio de entrevistas e interrogatórios realizados com testemunhas importantes, o balanço das investigações deve responsabilizar os autores e os coautores dos crimes cometidos contra a administração pública, em Mato Grosso. “O resultado da CPI será muito forte, até porque os indícios de irregularidades também são. Vamos apontar as anomalias que aconteceram no processo, ao longo da preparação para a Copa do Mundo, e consequentemente serão apontados ao Ministério Público Estadual e Federal todos os detalhes da nossa investigação. Com esses dados serão pedidas algumas prisões, indisponibilidade de bens de algumas pessoas e a devolução de recursos públicos”, pontuou Oscar Bezerra.

Segundo o parlamentar, os pedidos de prisões devem ser encaminhados ao poder Judiciário, pois o Legislativo não possui autonomia para prender pessoas. “Foram ouvidas quase 70 pessoas nas oitivas e creio que metade desse número será responsabilizada. Autores e coautores devem pagar por tantos equívocos cometidos na Copa”. O parlamentar reclamou da “oportunidade perdida” que o Estado teve, ao sediar os quatro jogos do Mundial de futebol. “Os gestores da época perderam uma grande chance, pois foi o tempo em que mais se conseguiu recursos federais para Mato Grosso e as pessoas trabalharam com interesses particulares. Jogos de planilha e dúvidas que pairam sobre todas as planilhas que analisamos”.

O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), conforme pontuou o deputado, ganhou “disparadamente” nas irregularidades. “Questões como o número de vagões extras, de peças e sistemas que não eram necessários em outros locais foram usados aqui. Para mim parece, no somar dos detalhes, que tudo foi feito para sobrar algum valor e com a intenção de levar vantagem”. Em segundo lugar está a Arena Pantanal, que também foi alvo de irregularidades e possíveis desvios de verbas públicas.

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