O secretário estadual de Saúde, Jorge Lafetá, analisa um projeto entregue pelo prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), que propõe a regionalização do Hospital São Lucas, tendo capacidade para atender média e alta complexidade, tornando a cidade polo em saúde no Médio-Norte. A intenção é “quebrar” a distância principalmente percorrida por pacientes que em alguns casos, precisam se deslocar a Cuiabá, cujo percurso de Sinop, por exemplo, chega a 1 mil quilômetros ida e volta.
Pivetta disse que o secretário gostou do projeto e reconheceu ser “ inteligente e estratégico para o Estado ter aqui em Lucas um hospital de referência. [Não queremos ter nenhuma inferioridade em relação aos melhores hospitais de Cuiabá, o que se trata lá queremos tratar aqui e isso é interiorizar a solução dos problemas da saúde no Estado, que é a solução técnica”. Apesar disso não foram dados prazos para um posicionamento do governo.
Lucas do Rio Verde é atendido pelo Hospital São Lucas – Fundação de Saúde, que tem cerca de 150 profissionais, mais de 70 leitos, para cirurgia e clínica geral, pediatria, obstetricia clínica, e a previsão é de implantar leitos de UTI.
O prefeito ainda argumentou que o projeto é “um divisor de distância, no Centro-Norte, podemos chamar. Considerando que a população dessa região está aumentando muito, diferente de outras do Estado, […], então, é razoável pensar que o consórcio de Sorriso está obsoleto para atender todos os municípios que atende além das condições precárias físicas e todas dificuldades estruturais que conhecemos”. Se o projeto for avante, ainda deve ser definido de que forma será administrado.
Atualmente, o Hospital Regional de Sorriso supre parte da demanda de média e alta complexidade na região. No entanto, na sexta-feira (28), em reunião com Lafetá, em Lucas, prefeitos e secretários de Saúde das cidades que integram o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Teles Pires, cobraram mais investimentos e atenção à unidade, o que também é analisado.