O governo de Mato Grosso admite rever alguns pontos da minuta de acordo elaborada com o Consórcio VLT para a retomada das obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A informação foi passada pelo secretário de Cidades, Wilson Santos, que destacou que o Estado está disposto a atender várias sugestões apontadas pelos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP), contrários à homologação do acordo nos termos atuais. Nesta terça-feira (18), ele se reuniu com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), para discutir o assunto.
“Estamos entrando na última etapa de negociação. O governo do Estado já fez com o Consórcio um acordo. As prefeituras, tanto de Cuiabá quanto de Várzea Grande, pleiteiam a retomada da obra. A Justiça federal sinaliza em favor do acordo e nós pretendemos atender vá- rias sugestões que os Ministérios Públicos apontaram”, afirmou o secretário, dias depois dos MPs terem reafirmado sua contrariedade com diversos pontos da minuta, em manifestação protocolada junto à Justiça Federal.
Santos estima que em três semanas, com a adequação de parte dos apontamentos feitos pelo procurador do MPF e pelo promotor de Justiça que atuam na ação, o assunto possa ser finalizado. “Há várias sugestões de ordem técnica que nós achamos pertinentes, vamos atendê-las de maneira rápida e espero que nas próximas duas, três semanas, nós possamos fechar esse acordo. Eu ainda continuo muito crente de que nós chegaremos ao entendimento com os MPs, continuo muito animado”.
Para o secretário, o passo seguinte à adequação da minuta é a realização de uma nova audiência de conciliação, conforme pedido já protocolado ao juiz federal Ciro Arapiraca, responsável pelo processo. “O que nós mais queremos é ter a possibilidade de sentarmos com os técnicos e peritos que orientaram os MPs. Tenho certeza isso diminuiria ainda mais as incongruências. Ficariam ainda alguns pontos divergentes, mas aí o juiz da causa poderá se manifestar. Essa é a nossa opinião”.
Já Pinheiro, se comprometeu a procurar a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Sacre de Campos (DEM), para que ambos possam ir até o MP e estudar maneiras em que os dois municípios possam colaborar para o desenrolar de todo o processo.