O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou hoje (11) que possíveis discordâncias entre membros do governo seja a razão para a demora no lançamento das medidas de incentivo ao crescimento. “É um conjunto grande de medidas e cada uma delas implica numa reflexão das suas conseqüências. Estamos tendo a cautela de amadurecê-las, fazê-las com calma, de modo que quando forem anunciadas tenham sua eficácia sem sofrer modificação”, explicou o ministro.
Diante da indagação de que há discordância na equipe, Mantega disse que nunca viu “uma equipe trabalhando tão coesa, com cada um contribuindo na sua área”. Ele lembrou que são mais de dez medidas envolvendo as áreas de infra-estrutura, fiscal, tributária e de gestão. “Estamos mexendo em tudo. Isso requer um grande esforço para que amanhã não venham dizer que as medidas foram precipitadas. Temos de discutir também com os empresários e trabalhadores, sindicatos, colegas de governo, é uma matéria complexa e estamos trabalhando arduamente para que isso seja resolvido em tempo hábil”, disse.
Matenga também discordou de analistas que apontam um clima de incerteza no mercado provocado pela espera das medidas. “Só vai aumentar a certeza de que em 2007 teremos uma economia mais sólida, crescendo a taxas mais expressivas. É essa certeza que dará esse pacote”.