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Governadores de MT e 5 Estados assinam acordo de cooperação e desenvolvimento

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Um acordo de cooperação para o desenvolvimento sustentável da região central do país foi assinado pelos chefes do Executivo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal durante o segundo encontro do Fórum dos Governadores do Brasil Central, realizado hoje, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. O encontro contou com a participação do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, e de presidentes dos parlamentos estaduais.

Os governadores se reuniram para discutir objetivos comuns visando o desenvolvimento econômico e social da região de forma a impulsionar as relações comerciais, a industrialização, os serviços e melhorar a qualidade de vida da população. Seis áreas prioritárias tiveram atenção especial durante o debate: agropecuária, logística, industrialização, educação, empreendedorismo e inovação.

Entre os pontos levantados para o fortalecimento da agropecuária, que é o carro chefe da economia dos estados da região, está a assistência técnica e a estruturação das pequenas e médias propriedades. A industrialização foi destacada pelos governantes como área prioritária, por ser um setor que ainda precisa ser desenvolvido nestes Estados. A logística foi considerada um gargalo comum e necessita atenção especial, com a criação de eixos estruturantes para atender a cadeia produtiva e escoamento de grãos por meio de portos, com o foco não só rodoviário, mas também ferroviário e hidroviário.

A educação é outra preocupação comum, considerada fator base para inovação e empreendedorismo. O ensino médio e profissionalizante com o uso de técnicas inovadoras e modernas foi debatido como ponto fundamental para o crescimento econômico dos Estados. No empreendedorismo as novas tecnologias, capacitação, oportunidades e qualificação foram considerados essenciais para a consolidação no mercado de trabalho. Já na inovação, o fortalecimento da ciência e tecnologia nos estados e criação de redes de parques tecnológicos e incubadoras são temas para serem tratados com urgência na visão dos governadores.

O governador Pedro Taques avaliou a reunião como uma alavanca para o crescimento dos Estados do Brasil Central. “Demos aqui hoje mais um passo importante para a concretização do desenvolvimento regional sem competição entre as unidades federativas, mas agindo em blocos, economicamente e politicamente. Mais do que debates, iniciamos aqui a concretização desse sonho, que está se tornando realidade”.

Taques também citou a importância na discussão tributária sobre a centralização de poder e de recursos financeiros por parte da União e a importância do Pacto entre a União, Estados membros e municípios. “Temos juntos um PIB que beira 800 bilhões de reais, produzimos quase 50% da proteína vegetal do Brasil, temos o maior rebanho bovino, somos grandes exportadores de energia. O investimento federal tem que ser pensado de forma estratégica”.

O Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, avaliou a reunião como um momento significativo para a história do país. “O polo regional servirá de iniciativa para grandes regiões do país”. Em seu discurso, o ministro defendeu a reestruturação dos fundos de financiamento e desenvolvimento do Centro-Oeste – FCO e FDCO – e uma mudança estrutural com a inclusão de parcerias público-privadas. Mangabeira Unger defendeu que a recuperação de pastagens degradadas, a diversificação da lavoura, o cultivo de peixe e o manejo florestal estruturam o crescimento econômico e destacou a importância do desenvolvimento empresarial e o acesso a seguros relevantes para sobrevivência do pequeno e médio produtor.

No fim da reunião foi apresentado um vídeo que mostra as potencialidades econômicas e turísticas de Mato Grosso. O Estado foi lembrado como o maior produtor de soja, algodão e milho, detentor do maior rebanho bovino e maior produtor de peixe de água doce. Também mereceram destaque os 63% de área preservada, a construção do parque tecnológico, o potencial energético, a produção mineral e o desenvolvimento turístico, com força no ecoturismo, turismo de pesca e de aventura.

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