O governador Pedro Taques reafirmou, esta manhã, que não haverá cobrança de mensalidade nas escolas estaduais. A informação, que tem sido disseminada nas unidades de ensino de forma errônea, se deve às discussões que estão sendo realizadas sobre o sistema de Parceria Público-Privada (PPP) para a educação de Mato Grosso. De acordo com Taques, o Estado tem mantido o diálogo com a classe e o tema será pauta de audiências públicas com a sociedade.
“Eu defendo a escola pública de qualidade. Parceria Público-Privada não é privatização. Alguns sindicatos espalharam nas escolas que mensalidades seriam cobradas. Isso é mentira. Sou contrário ao pagamento de mensalidade em escolas públicas, as escolas são públicas. Temos 400 mil alunos em nosso Estado que precisam estudar em uma escola de qualidade. Existem pessoas que são contra [a PPP] e tenho que respeitar, mas não admito mentiras”.
“Teremos audiências públicas para que possamos debater o assunto. A iniciativa privada irá construir, manter a estrutura, limpeza e a manutenção das escolas. Os servidores públicos continuarão a ser servidores públicos. Nós precisaremos de concurso para professor, de concurso para merendeiras. O pedagógico não pode sair das mãos dos professores, que são servidores públicos. O que nós desejamos é fazer o debate. O que nós desejamos é a PPP depois de discutirmos”.
A proposta de gestão por meio de PPP prevê intervenções em 76 escolas e 15 Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros), nas áreas de infraestrutura, manutenção e vigilância. As ações resultariam na construção de 31 novas unidades escolares, reforma e/ou ampliação de 21 prédios e na operacionalização de outras 24 unidades. Em relação aos Cefapros, dois novos seriam construídos no Estado e 13 passariam por reformas.
Atualmente, o modelo de gestão que está sendo proposto para Mato Grosso já é realidade em outras localidades do país. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, o sistema por PPP tem aprovação de 98%. “Os gestores das unidades escolares não devem se preocupar com a descarga do banheiro, com pintura, manutenção, ou goteiras na escola. Quem vai fazer isso é a iniciativa privada. Com isso, sobra mais tempo para o diretor e o professor tratarem das demandas pedagógicas, da gestão da escola”.