O governador Mauro Mendes vai propor, esta tarde, durante a audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal, que a proibição do transporte de peixes em Mato Grosso seja restringida para apenas 14 espécies, que são as mais ameaçadas – matrinxã, barbado, bicuda, cachara, carapari, dourada, dourado, jaú, pacu, pintado, piraíba, pirara, pirarucu e surubin.
Todas as demais espécies de peixes, estimadas em mais de 100, poderiam ser pescadas, transportadas e comercializadas, dentro das cotas permitidas pela legislação.
A proibição começou a valer este mês, pela lei do Transporte Zero, elaborada pelo governo estadual (após estudos da escassez de várias espécies de peixes) e aprovada pela Assembleia, proibindo o transporte, armazenamento e venda do pescado dos rios do Estado, sendo permitida a modalidade pesque e solte, assim como a pesca de subsistência aos ribeirinhos.
“Essa proposta vem ao encontro do interesse da comunidade. Se acatada, vamos conseguir repovoar os peixes no estado, que estão acabando, e manter a pesca para mais de 100 espécies. É uma ideia que alia a preservação ambiental com a manutenção da atividade pesqueira”, disse o governador, através da assessoria.
“A verdade conhecida por todos é que os peixes estão acabando, e precisamos fazer algo. Se nossa sugestão for aceita, em poucos anos o bioma vai estar equilibrado, com nossos rios povoados, e atraindo milhares de turistas da pesca esportiva, que hoje vão pescar na Argentina ao invés de Mato Grosso”, reforçou Mauro.
A conciliação será proposta devido ter sido ajuizada ação no STF e questionando a restrição da pesca nos rios mato-grossenses.
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