O governador Mauro Mendes (DEM) se comprometeu, na tarde desta segunda-feira (29), a fazer um estudo de projeção, até quinta-feira (1), sobre o cenário de arrecadação do Estado com a aprovação da lei dos incentivos fiscais, para em seguida apresentar aos deputados. Desta reunião, deve sair uma proposta para os profissionais da educação que estão em greve há 64 dias.
Pelo menos este foi o entendimento de uma reunião do democrata com os deputados petistas Rosaneide Sandes, Lúdio Cabral e Valdir Barranco. Os deputados Max Rusi (PSB) e Janaina Riva (MDB) participaram em parte do encontro. Reiteradas vezes, Mauro afirmou que o Estado não tem condições de dar aumento salarial, neste momento.
Com a nova lei da reinstituição dos incentivos fiscais, aprovada no sábado (27), o próprio governador admitiu uma margem de crescimento de R$ 500 milhões na receita do Estado a partir do próximo ano, quando a lei entra em vigor. Já o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, do mesmo partido do governador, tem uma posição mais otimista. Segundo ele, a arrecadação do Estado deve aumentar de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão.
“Dentro deste novo cenário, o governador está aguardando um estudo para que possa de fato dar uma resposta para a categoria”, disse a deputada federal Rosaneide Sandes.
A principal reivindicação da categoria é a aplicação da lei 510/2013, que dobra o poder de compra dos servidores. Para Lúdio, a reunião abriu mais uma oportunidade de diálogo com o governador, já com o novo cenário, que é a nova lei aprovada na Assembleia e que dá uma expectativa maior de arrecadação.
“O governador ficou de estudar até quinta-feira os impactos que estas mudanças vão fazer na arrecadação”, disse o petista. Janaína Riva também deixou a reunião mais otimista quanto à possibilidade de o governador apresentar uma proposta.
Para Barranco, foi a melhor reunião sobre o assunto com Mauro Mendes. Nos encontros anteriores, segundo o parlamentar, o governador não avançou em acenar com uma proposta. “Ele se mostrou com disposição”, disse o petista.
Conforme Só Notícias já informou, os professores cobram o cumprimento da lei 510/2013 que prevê reposição salarial de 7,69% neste ano e reposições semelhantes no ano seguinte. O governo diz que está em estado de calamidade financeira, com as contas deficitárias e não aceita pagar o reajuste.