O governador Blairo Maggi criticou ontem os correligionários que defendem, por meio da imprensa, a saída de Moisés Sachetti do cargo de presidente estadual do PR. Afirmou ainda que os defensores da idéia tem que a aprovar a medida pelo voto.
Sem assumir lado na briga, o governador não se manifestou sobre a polêmica. Num recado direto aos que cobram seu posicionamento, no entanto, ele alegou que não é dono do PR. “O partido não é meu. Se lá na frente alguém quiser realmente isso, tem que defender a proposta e buscar voto para ser maioria. O que não é válido é fazer essa discussão pela imprensa”, afirmou Maggi, durante entrega de 70 ambulâncias para 60 municípios de Mato Grosso.
A possível saída de Sachetti deve ser discutida amanhã pela direção estadual do PR durante encontro que vem sendo mantido em sigilo pelos caciques republicanos. O evento estava marcado para ocorrer em Sapezal em uma das fazendas de Maggi, mas teve o endereço mudado estrategicamente para uma das cidades da Baixada Cuiabana diante da revolta de deputados que não haviam sido convidados inicialmente.
As divergências internas no PR resultaram recentemente no recuo da pré-candidatura ao governo do diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot. Isso gerou ainda mais polêmica, já que a cúpula resiste em apoiar em 2010 o primeiro-secretário da ASsembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo, o único a declarar-se como concorrente.
Apesar de não admitir publicamente, vários aliados mais próximos garantem que o governador não se opõe a permanência de Sachetti na presidência. Argumenta que não foi apresentado até o momento nenhum motivo plausível para a queda de Moisés. O próprio dirigente admitiu ontem interesse em ficar no cargo e foi referendado por diversas lideranças.