O governador Mauro Mendes (DEM) declarou que o andamento dos projetos para a implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) movido à eletricidade, para o transporte coletivo da Região Metropolitana de Cuiabá. Segundo ele, a equipe técnica do governo do Estado está finalizando os documentos que irão embasar a abertura da licitação na modalidade Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCI).
“Eu mesmo já fiz umas três ou quatro revisões junto com a equipe, do projeto, de alguns conceitos. Eles estão na fase final do projeto básico para um RDCI, que é um modelo de licitação na qual o (projeto) executivo fica por conta da empresa vencedora. É um sistema que está sendo muito utilizado no Brasil, o rodoanel é assim, o Hospital Júlio Miller também. Você apresenta os projetos básicos, com eles você licita, e o executivo fica por conta da empresa ganhadora”, explicou Mauro, há poucos dias.
A previsão inicial do governo do Estado é de que a licitação para o BRT seria lançada ainda em julho. No entanto, a intenção é melhorar os documentos para evitar dúvidas após a assinatura do contrato. Mauro também citou que a pandemia de coronavírus tem atrapalhado o andamento dos processos, de maneira geral, mas revelou que elaboração dos projetos básicos do BRT está em fase final e, em seguida, será lançada a licitação.
“O que está acontecendo é que estamos melhorando muitos detalhes desse projeto básico para tentar evitar dúvidas de interpretação e algumas confusões após a contratação. Com isso, a gente deve finalizar. Está nos últimos detalhes de finalização do projeto de engenharia para autorizar a licitação. Já prestamos todas as licitações solicitadas pela Caixa Econômica. Infelizmente, a gente tem tido dificuldades em tocar todos os processos em função desse período de pandemia. Mas ainda assim está melhor do que em outros tempos”, comentou Mauro.
De acordo com os estudos apresentados, a solução por BRT apresenta o menor custo e menor tempo de implantação quando comparado a outros modais. Os investimentos estimados são da ordem de R$ 460 milhões, com a aquisição da frota de ônibus elétrico. As obras devem durar até 24 meses.
Para a implantação do BRT, o governo do Estado se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da Av. Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.
Os estudos apontam ainda que o BRT terá uma tarifa mais acessível quando comparado ao sistema Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Ou seja, mensalmente o VLT demandaria um custo adicional que poderia vir a ser custeado pelos usuários por meio da tarifa ou por meio do aumento dos subsídios públicos.
Além disso, ainda segundo os estudos, o BRT proporcionará maior flexibilidade de operação junto aos ônibus do sistema alimentador dos municípios, permitindo reduzir o número de integrações para os usuários quando comparado à modelagem da rede com o sistema VLT, dada a possibilidade de uso compartilhado no corredor segregado.