O governador Mauro Mendes (DEM) disse hoje que o governo do Estado tenta amenizar a crise econômica que, segundo ele, vai chegar para o cidadão de Mato Grosso em virtude da pandemia do novo Coronavírus. Até a sexta-feira (10) paga os salários dos servidores estaduais na integralidade, mas adianta que no próximo mês pode voltar a ser parcelado, como houve no ano passado. O problema, segundo o governador, é a queda na arrecadação, que segundo sua estimativa, pode chegar a 50% no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (principal receita do Estado) já neste mês de abril.
Citou como exemplo a prorrogação do pagamento do Imposto Sobre Propriedade de Veículos (IPVA) e a prorrogação do prazo para pagamento de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para 150 mil empresas por 90 dias, e depois conseguiu junto ao conselho nacional, prorrogação maior totalizando 190 dias do ICMS de empresas mato-grossenses que estão no Simples Nacional.
Mauro pediu que os municípios também contribuam para aliviar o orçamento do cidadão comum e tem se empenhado em ligar pessoalmente para os prefeitos mais próximos e enviar mensagem para outros para alertar sobre a situação e pedir que os municípios também suspendam cobranças, como a do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em Sinop, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum as prefeituras já haviam prorrogado os prazos de vencimentos.
“Espero que as prefeituras façam movimento idêntico [ao do governo] e adiem o pagamento do IPTU, por exemplo. Os prefeitos têm que minimizar esses efeitos”, disse.
Mais cedo, em entrevista coletiva, o governador voltou a se queixar do Governo Federal e disse que não espera mais ajuda para combater o Covid-19. Mauro Mendes calcula que serão necessários R$ 150 milhões para a pandemia e disse que só recebeu R$ 6 milhões da União. “Não estamos aguardando ajuda do Governo Federal, até porque nem as 10 UTI’s prometidas foram enviadas até agora”, reclamou.