O governador Mauro Mendes (DEM), disse, no final da manhã, em discurso na Assembleia, que 2020 será “extremamente positivo e um grande ano para Mato Grosso. Não tenho nenhuma dúvida”. ‘Vamos entregar muitas obras, na Educação, fazer a revolução na Saúde e vamos fazer muitas coisas que os mato-grossenses terão orgulho do trabalho que estamos fazendo. Mas o maior trabalho que vamos fazer é na modernização, a busca pela eficiência do Estado, que será uma grande contribuição e uma grande mudança de rumo. Muito mais do que fazer, precisamos mudar o rumo que algumas coisas são feitas”. “Vou me esforçar muito para que seja a grande contribuição para que eu possa para o Estado. Não só fazer grandes obras, o equilíbrio fiscal, não só entregar pontes, estradas, hospitais mas mudar alguns conceitos mas mudar a forma que o poder público se relaciona com o contribuinte, o cidadão e a sociedade. As divergências poderão ser debatidas e ao final vamos exercer a democracia”, discursou, aos deputados, na abertura do ano legislativo. Sua gestão retomou mais de 40 obras e lançou outras.
O governador anunciou que ainda terá que tomar (sem mencionar quais) decisões que “alguns reputam de duras mas eu reputo de necessárias. Mas são essas mudanças que vão entregar resultados melhores. Muito daquilo que colhemos em 2019 foi fruto das nossas decisões que tomamos em janeiro de 2019”, disse, referindo-se ao decreto de revisão geral em contratos, cortes de gastos, parcelamento de salários, aumento de alíquotas do Fethab no milho. O governo herdou mais de R$ 3 bilhões em dívidas, teve déficit, por aproximadamente 10 meses, e fechou o ano com dois meses no azul e deixou de parcelar os salários dos servidores.
“Não dá para daqui 8 anos alguém usar essa tribuna e dizer as mesmas coisas que muitos já disseram. Temos ter a coragem de tomar as decisões corretas que muitas vezes são mal compreendidas porque afetam interesses individuais e tivemos coragem de tomar decisões que mudam o presente e o futuro do Estado”, disse, referindo-se também aos projetos restabelecendo critérios e percentuais de incentivos fiscais para setores da economia (alguns deixaram de ter) e o projeto da reforma da Previdência dos servidores, que mensalmente tem déficit.
Mauro Mendes enalteceu que, em 2019, Mato Grosso cumpriu com o governo federal o teto de gastos estabelecidos. “Em 2018 (gestão anterior) não cumprimos. O governo federal poderia ter aplicado uma multa, está suspensa, sob júdice, mais de R$ 400 milhões. E ainda estamos correndo o risco de ter essa penalidade aplicada porque ela está claramente prevista no contrato que o governo do Estado assinou quando assinou sua renegociação de dívida com o governo federal”, apontou, em critica a gestão de Pedro Taques. “E chegamos ao final do ano (2019) cumprindo o teto de gastos e livrando Mato Grosso de receber multa”, emendou.
O governador disse também que espera continuar mantendo relação “republicada e harmoniosa” com os parlamentares e agradeceu o apoio na aprovação de projetos de reforma, dentre outros.
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