Governador Silval Barbosa (PMDB) condenou o que chamou de política especulativa e irresponsável quanto as desapropriações que serão decorrentes das obras de mobilidade urbana e da arena esportiva, duas ações referentes a Copa do Mundo de Futebol de 2014. "Tudo está sendo feito com transparência e legalidade", disse o chefe do Executivo, ponderando que as explorações só podem ter um fim específico:"valorizar sobremaneira imóveis que por ventura possam ser desapropriados e hoje teriam seus valores reduzido".
Silval disse ontem em reunião na Agecopa que nem a entidade, nem o governo do Estado sabem o que será ou não desapropriado e somente quando os projetos executivos e básicos das obras estiverem prontos é que se terá uma exata dimensão do que será necessário fazer ou não pelo bem de Mato Grosso, de Cuiabá e de Várzea Grande. "A Copa do Mundo só vai valer a pena, se pudermos deixar um legado de realizações e de benefícios para a sociedade, pois o evento dura pouco mais de 30 dias, mas os benefícios ficarão para toda uma vida", disse o chefe do Executivo Estadual.
Ele pontuou que já ouviu falar em desapropriações em bairros que sequer tem obras da Copa do Mundo previstas para serem executadas no local e condenou o interesse daqueles que querem se locupletar indiretamente dos benefícios da Copa do Mundo.
"É preciso que as pessoas entendam e compreendam que obras de mobilidade urbana transformarão Cuiabá e Várzea Grande, e que este benefício será para todos indistintamente", frisou.
O governador considerou como normais as possibilidades de se ter descontentamento na questão das retiradas, mas ponderou que tudo será feito dentro da lei, da ordem e utilizando de critérios oficiais para definição de valores de indenização para quem foi atingindo pelas obras de mobilidade urbana e da arena multiuso.
Mesmo sem citar nomes, o governador fez criticas a posições públicas assumidas quanto as obras e ações referentes a Copa do Mundo de Futebol e a Agecopa. Uma das criticas tem como endereço o secretário de Trânsito e Transportes de Cuiabá, Edivá Alves, que teria declarado na imprensa que vai haver obras que promoverão mais de 90 intervenções diretas no trânsito da Grande Cuiabá, algo considerado difícil pelos técnicos da Agecopa e que estaria longe de acontecer.
Por outro lado, ele assegurou empenho, determinação e principalmente celeridade nas decisões para que o quanto antes os cronogramas sejam cumpridos, e voltou a frisar que o prazo está no limite, mas que as coisas estão andando dentro do previsto.
"Nós vamos fazer a Copa do Mundo e nos tornar exemplo para todos", apontou o governador, convicto de que as coisas estão se definindo e que o ritmo acelerado das decisões será atingido em breve e não faltará apoio da União para os compromisso assumidos pela União, Estados e Municípios.