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Geller pede cautela à diplomacia brasileira para manter relação comercial com o Irã

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Guilherme Araujo)

O deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Neri Geller (Progressista), pediu cautela à diplomacia brasileira e sugeriu que o país se mantenha neutro na crise militar instalada entre os Estados Unidos e o Irã, cuja tensão aumentou ontem após o lançamento de mísseis Persas a duas bases militares norte-americanas no Iraque em resposta ao ataque de drones  ordenado por Donald Trump que matou o general iraniano Qassin Suleimani na semana passada. A preocupação do parlamentar é com uma possível interrupção do comércio entre Brasil e Irã, o que afetaria, diretamente, as exportações mato-grossenses.

“Devemos ter muita cautela nesta situação delicadíssima. O Irã é um importante parceiro comercial do Brasil, sobretudo de Mato Grosso, e não podemos colocar esta boa relação – que ajudei a construir quando estive Ministério da Agricultura – em risco”, disse o deputado ao Só Notícias.

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostram que de janeiro a novembro deste ano, o Irã se posiciona como o terceiro parceiro comercial de Mato Grosso, respondendo por 4,72% das vendas feitas pelos produtores do estado e gerando uma receita de quase U$ 739 milhões.

O país do Oriente Médio só não compra mais de Mato Grosso do que a China, com 31%, e do que o Vietnã, com 4,8%. O risco de danos ao comércio é maior se considerar que os dois asiáticos são alinhados ideologicamente com o Irã.

O comércio entre Irã e Brasil vem ocorrendo de forma sólida nos últimos anos. Em 2018, os Persas aumentaram a compra de milho e, de janeiro a novembro, injetaram U$ 392 milhões a mais na economia mato-grossense do que no mesmo período deste ano. Eles também são clientes da soja e da carne.

Parte do sucesso na parceria comercial pode ser atribuída ao trabalho do Ministério da Agricultura e a Geller, que em 2014 viajou ao Irã para negociar o fim de um embargo à carne mato-grossense e obteve sucesso, estreitando os laços comerciais.

“Nós demos um grande passo para avançarmos nas relações comerciais com os países do Oriente Médio e precisamos ter muito cuidado no trato com nossos parceiros. Temos que pensar no Brasil”, completou Geller.

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